Governo estuda reajuste de 5% para funcionalismo público, dizem fontes

Aumento custaria R$ 5 bilhões em 2022 e outros R$ 10 bilhões em 2023, de acordo com fontes da Bloomberg News

Servidores passaram a exigir reposições salariais depois que o presidente Jair Bolsonaro prometeu, no início do ano, reajustes para as polícias federal, rodoviária federal, além de agentes penitenciários
Por Martha Beck
30 de Março, 2022 | 06:59 PM

Bloomberg — O governo estuda conceder um reajuste de 5% para todas as categorias do funcionalismo público a partir de julho, disseram dois integrantes da equipe econômica.

O aumento custaria R$ 5 bilhões em 2022 e outros R$ 10 bilhões em 2023, afirmam as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões não são públicas.

A concessão de reajustes salariais para servidores públicos ganhou força nas últimas semanas depois que várias carreiras, como as do Banco Central, Receita Federal e Tesouro Nacional, intensificaram a mobililização e passaram a fazer paralisações que já prejudicam a divulgação de estatísticas oficiais.

Os servidores passaram a exigir reposições salariais depois que o presidente Jair Bolsonaro prometeu, no início do ano, reajustes para as polícias federal, rodoviária federal, além de agentes penitenciários. Os aumentos em estudo entrariam em vigor em julho, disseram as pessoas.

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Como o governo tem apenas R$ 1,7 bilhão no Orçamento destinado aos reajustes dos servidores este ano, ainda seria preciso encontrar espaço para essa despesa dentro do teto de gastos, além de ajustar o orçamento de 2023.

Por 2022 ser um ano eleitoral, o governo tem até abril para decidir sobre aumentos acima da inflação, mas esse prazo é maior se os reajustes ocorrerem abaixo da inflação, que segue acima de 10% anuais.

O secretário do Tesouro, Paulo Valle, disse nesta quarta-feira (30) que uma decisão sobre aumentos para funcionários públicos era esperada até junho, acrescentando que qualquer medida teria que ser alinhada em todos os setores para evitar que a greve dos trabalhadores se agrave.

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O jornal O Estado de S.Paulo noticiou o plano mais cedo.

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