TikTok suspende transmissão ao vivo na Rússia por lei de ‘fake news’

Rússia aprovou leis duras que imporiam penas de prisão para pessoas acusadas de espalhar “fake news” sobre os militares ou pedir sanções contra o país

TikTok suspende transmissão ao vivo na Rússia por lei de ‘fake news’
Por Susanne Barton e Jackie Davalos
06 de Março, 2022 | 04:33 PM

Bloomberg — O TikTok disse que está suspendendo a transmissão ao vivo na Rússia em meio à nova lei de “fake news” do país, que visa silenciar a dissidência e limitar as informações sobre a invasão da Ucrânia.

“Não temos escolha a não ser suspender a transmissão ao vivo e novos conteúdos em nosso serviço de vídeo, enquanto analisamos as implicações de segurança desta lei”, anunciou a empresa em uma série de tweets.

1/ TikTok é uma mídia para criatividade e entretenimento que pode fornecer uma fonte de alívio e conexão humana durante um período de guerra, quando as pessoas enfrentam imensa tragédia e isolamento. No entanto, a segurança de nossos funcionários e usuários continua sendo nossa maior prioridade.

— TikTokComms (@TikTokComms) 6 de março de 2022

PUBLICIDADE

2/ À luz da nova lei de ‘fake news’ da Rússia, não temos escolha a não ser suspender a transmissão ao vivo e novos conteúdos em nosso serviço de vídeo enquanto analisamos as implicações de segurança dessa lei. Nosso serviço de mensagens no aplicativo não será afetado.

— TikTokComms (@TikTokComms) 6 de março de 2022

3/ Continuaremos a avaliar as circunstâncias em evolução na Rússia para determinar quando poderemos retomar totalmente nossos serviços tendo a segurança como nossa principal prioridade. Mais sobre nossos esforços contínuos aqui: https://t.co/Whwn5KwXmj

PUBLICIDADE

— TikTokComms (@TikTokComms) 6 de março de 2022

Lei de fake news

A decisão do TikTok, de propriedade da ByteDance Ltd., com sede na China, ocorre depois que o parlamento da Rússia aprovou leis duras que imporiam penas de prisão para pessoas acusadas de espalhar “fake news” sobre os militares ou pedir sanções contra o país. A plataforma de mídia social de vídeos curtos, popular entre os adolescentes, atingiu um bilhão de usuários no ano passado.

Na sexta-feira, o governo russo disse que estava bloqueando o acesso ao Facebook da Meta Platform Inc. (FB) como parte da repressão ao segmento. Horas após o anúncio, a Meta disse que pausaria toda a publicidade no país e deixaria de vender anúncios para empresas russas.

A Rússia vem restringindo os serviços de mídia social, incluindo Twitter e YouTube, para torná-los mais difíceis e frustrantes de usar.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também