Vix e Cerradinho cancelam IPO; lista de desistências chega a 16 no ano

Em 2022, não houve ainda abertura de capital na B3; expectativa é que janela de IPO possa ser reaberta após safra de balanços

A Vix Logística, empresa capixaba de soluções logísticas, controlada pelo Grupo Águia Branca, tinha contratado o BTG Pactual para coordenador líder de seu IPO
15 de Fevereiro, 2022 | 04:58 PM

São Paulo — A Vix Logística, sediada em Vitória, capital do Espírito Santo, engrossou a lista de empresas que desistiram de realizar oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Com isso, já somam 16 companhias que pediram o cancelamento da operação neste ano.

O diretor de relações com investidores da companhia, André luiz Chieppe, disse, em fato relevante, que a decisão se deu “em decorrência da conjuntura atual de mercado”. A empresa tinha feito o pedido de registro para sua oferta em julho do ano passado.

Veja mais: Conheça a 1ª companhia brasileira a pedir registro de IPO em 2022

Outra empresa que desistiu do IPO neste ano foi a Cerradinho Bionergia, usina paulista de açúcar, álcool e cana, que havia protocolado o pedido de abertura de capital em agosto do ano passado, tendo o Itaú BBA como banco contratado como coordenador líder da operação.

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Neste ano, nenhuma empresa conseguiu ainda realizar IPO. Há a expectativa no mercado de que, no começo do segundo trimestre, após o fim da safra de balanços de 2021, alguma oferta inicial de ações quebre esse jejum na B3, caso se mantenha o saldo positivo de investimento estrangeiro na Bolsa e melhore o apetite do investidor por papéis estreantes.

No começo deste mês, a Senior Sistema, que atua no setor de tecnologia com sede na cidade catarinense de Blumenau, foi a primeira empresa a pedir registro de IPO à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em 2022.

Confira a lista de desistências de IPO neste ano

Em 2021, o Brasil realizou 46 IPOs, que movimentaram R$ 63,6 bilhões, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O volume foi 46,9% maior do o registrado em 2020 (R$ 43,5 bilhões). Já os follow-ons (emissões subsequentes à inicial) totalizaram R$ 64,5 milhões em 26 operações no ano passado.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.