Aperto ‘agressivo’ serve como âncora para moedas latinas, diz Credit Agricole

Riscos para as moedas da região incluem altos níveis de endividamento e eleições na Colômbia e no Brasil, dizem estrategistas

Maioria das moedas latino-americanas se depreciou significativamente em 2021 e parecem barata, dizem estrategistas
Por Patricia Lara
12 de Janeiro, 2022 | 02:50 PM

Bloomberg — O aperto agressivo da política monetária na América Latina pode ser uma âncora suficientemente forte para as moedas da região em 2022, apesar das fraquezas estruturais, incerteza política e desequilíbrios macroeconômicos, segundo avalia o Credit Agricole.

“Embora sejamos, no geral, simpáticos à visão de dólar forte, acreditamos que as moedas latino-americanas permanecerão relativamente estáveis e prevemos apenas uma ligeira depreciação na maioria dos casos”, escreveram estrategistas incluindo Sébastien Barbe e Olga Yangol em uma nota nesta quarta-feira.

A maioria das moedas latino-americanas se depreciou significativamente em 2021 e parecem barata com base no desconto da taxa de câmbio efetiva real em relação às médias históricas e em relação aos termos de troca, escreveram.

Os riscos para as moedas da região incluem altos níveis de endividamento, processo constitucional no Chile e próximas eleições na Colômbia e no Brasil.

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O dólar recua ante o real nesta quarta-feira. A moeda brasileira se valorizou na terça-feira, quando registrou o melhor desempenho do mundo, reduzindo sua performance inferior no acumulado do ano para seus pares mais próximos, como peso mexicano e rand.

No Brasil, o Copom elevou a Selic em 1,5 ponto porcentual, para 9,25%, em dezembro, e projetou outro ajuste da mesma magnitude para a próxima reunião. Em janeiro, BC do Peru aumentou sua taxa básica de juros em meio ponto percentual para 3%. Na Colômbia, taxa básica de juros subiu em dezembro para 3%. Outros países da América Latina também elevaram suas taxas.

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