:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/DFR33KWZJVGKDDZMDOUBKM7J34.jpg "Peru eleva juros pelo sexto mês seguido")
Bloomberg — O Peru aumentou as taxas de juros pelo sexto mês consecutivo conforme a pressão inflacionária aumenta em meio à forte recuperação da economia após a pandemia.
O banco central aumentou sua taxa básica de juros em meio ponto percentual, para 3%, em linha com as previsões de cinco dos sete analistas consultados pela Bloomberg. Dois economistas esperavam um aumento maior, para 3,25%.
“Com as informações disponíveis, consideramos adequado continuar com a normalização da política monetária nos próximos meses”, disse o banco central em seu comunicado.
Os formuladores de política monetária afirmam que estão monitorando de perto as expectativas de inflação e a evolução da atividade econômica para decidir sobre a postura monetária mais adequada.
O comunicado abandonou a referência à necessidade de uma postura expansionista por um período prolongado, que constava de sua comunicação de dezembro.
Todos os principais bancos centrais com metas de inflação da América Latina têm retirado os estímulos recentemente, à medida que a inflação acelera acima da meta em toda a região. À medida que as economias afrouxaram os controles destinados a conter a pandemia, a demanda reprimida empurrou os preços para cima, agravado pelo aumento dos custos globais de alimentos e energia.
No Peru, a inflação anual acelerou para o maior patamar em 13 anos, em 6,4% em dezembro, liderada pelos custos de alimentos e energia. O banco central tem como meta a inflação de 2%, mais ou menos um ponto percentual.
A economia cresceu 12,6% no ano passado, o ritmo mais rápido da América Latina, segundo estimativas de economistas consultados pela Bloomberg, apesar da volatilidade política e de uma eleição contestada.
Em dezembro, legisladores conservadores da oposição tentaram iniciar um processo de impeachment contra o presidente Pedro Castillo, mas não conseguiram votos suficientes no Congresso.
Esta semana, o banco central do Uruguai aumentou sua taxa de referência em três quartos de um ponto percentual, para 6,5%, e sinalizou mais aumentos por vir.
--Com assistência de Rafael Gayol.
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