Combustíveis: É tarde para Biden tentar reduzir preços antes do feriado

Mesmo que o presidente escolha liberar reservas logo, levaria mais sete a dez dias antes que isso refletisse para os consumidores

Mais de 53 milhões de americanos viajarão no feriado de Ação de Graças, com 90% optando por viajar de carro
Por Julia Fanzeres
18 de Novembro, 2021 | 07:02 PM

Bloomberg — O presidente Joe Biden está trabalhando duro para fazer algo a respeito dos preços altíssimos da gasolina que os americanos enfrentam. Mas já é tarde demais para reduzir os custos de viagens no Dia de Ação de Graças, na próxima quinta-feira (25).

Todos os olhos do mercado de petróleo estão voltados para Biden para ver se seu governo anunciará uma liberação da Reserva Estratégica de Petróleo nacional em uma tentativa de manter os custos de energia sob controle. Mas mesmo se esses barris de petróleo extra chegassem ao mercado hoje e derrubassem os futuros, provavelmente levaria mais sete a dez dias antes que isso refletisse totalmente na bomba para os consumidores, disse Patrick DeHaan, chefe de análise de petróleo da GasBuddy.

Isso significa que os viajantes ficarão presos a preços altos, da mesma forma que se espera que o volumo de viagens de carro chegue perto dos níveis pré-pandêmicos.

Os preços nacionais de varejo da gasolina estão em média US$ 3,41 por galão, os mais altos em sete anos, de acordo com dados da AAA, agência americana que monitora o mercado. Mais de 53 milhões de americanos viajarão no feriado de Ação de Graças, com 90% optando por viajar de carro.

PUBLICIDADE

“Os motoristas devem esperar preços elevados na bomba ao pegar as estradas para o feriado”, disse Devin Gladden, porta-voz da AAA, por telefone. “É improvável que algo aquém de um aumento imediato na oferta tenha um impacto sobre os preços a tempo para o Dia de Ação de Graças.”

Veja mais: Joe Biden pede investigação do mercado de gasolina após alta de 50%

Uma eventual liberação de SPR impactaria mais fortemente os preços do petróleo, ou seja, o petróleo não refinado. Resta saber o quão fortemente isso influenciaria os preços na bomba.

PUBLICIDADE

“O petróleo tem um forte impacto nos preços à vista da gasolina, mas nem sempre é uma relação de 100%”, disse DeHaan, da GasBuddy.

Veja mais em Bloomberg.com