Goldman e JP veem momento bom para comprar ações apesar de inflação

Previsões otimistas se somam a um número crescente de vozes segundo as quais o atual aumento dos preços ao consumidor será temporário

JP Morgan Chase & Co vê momento bom para compra de ações
Por Nikos Chrysoloras
11 de Outubro, 2021 | 01:44 PM

Bloomberg — Crescem os temores de estagflação, mas estrategistas de alguns dos maiores bancos de Wall Street dizem que é um bom momento para comprar ações baratas.

“Apesar da incerteza de curto prazo, esperamos que o mercado acionário continue a subir à medida que investidores ganhem confiança de que o ritmo atual da inflação é transitório”, disseram estrategistas do Goldman Sachs liderados por David J. Kostin em relatório a clientes.

Estrategistas do JPMorgan Chase coordenados por Mislav Matejka concordam e destacam que o receio de estagflação deve desaparecer.

Na semana passada, o nervosismo com a pressão inflacionária e a percepção de que o pico da recuperação pós-pandemia já passou empurraram o S&P 500 5% abaixo da máxima do índice em setembro, depois de quase um ano sem uma correção dessa magnitude. Os gargalos de oferta persistentes, juntamente com a desaceleração na China, levantaram dúvidas se os preços das ações têm espaço para subir mais.

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Uma pesquisa do Deutsche Bank com profissionais do mercado indicou que a maioria espera pelo menos outra retração de 5% do mercado acionário até o fim do ano. Há “um consenso bastante forte” de que algum tipo de estagflação é mais provável do que improvável, segundo resultados da pesquisa publicados na segunda-feira.

Goldman e JPMorgan discordam.

“Acreditamos que essa queda será uma boa oportunidade de compra, como as baixas de 5% costumavam ser no passado”, disseram os estrategistas do Goldman.

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“Finalmente vimos certa fraqueza após 330 dias sem baixas acima de 5%, mas não esperamos que dure, e aconselhamos a comprar na queda”, escreveram estrategistas do JPMorgan.

As previsões otimistas do JPMorgan e do Goldman se somam a um número crescente de vozes segundo as quais o atual aumento dos preços ao consumidor, em grande parte alimentado por um salto dos custos de energia, será temporário.

“O aumento dos preços da energia desacelerará o crescimento, mas, em nossa opinião, não é suficiente para causar uma recessão”, disseram estrategistas da UBS Global Wealth Management liderados por Mark Haefele, em relatório na segunda-feira. “Os preços da energia devem se estabilizar ou desacelerar no próximo ano.”

Também acrescentaram que os bancos centrais provavelmente minimizarão preços de energia mais altos, em vez de reagir de forma exagerada.

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