Moody’s: Turismo e viagens ainda estão aquém de 2019, mas em ascensão

Melhora dos índices ainda depende do retorno das viagens internacionais e de negócios

Delta, escassez de mão de obra e problemas na cadeia de suprimentos global são motivos de incerteza no cenário de viagens em 2022
Por Skylar Woodhouse e Sri Taylor
03 de Outubro, 2021 | 10:10 AM

Bloomberg — O turismo e as viagens nos Estados Unidos estão aumentando, mas ainda aquém dos níveis pré-pandemia, de 2019, afetando as receitas de estados e cidades dependentes do setor, segundo analistas da Moody’s na sexta-feira (1).

“Temos um subconjunto de créditos que dependem principalmente de convenções ou viagens internacionais que ainda apresentam um desempenho bem abaixo das receitas médias provenientes de hospedagem ou impostos sobre o turismo” anteriormente antecipadas, disse a analista da Moody’s, Valentina Gomez, em um webinar realizado pela Bloomberg Intelligence.

“Vimos muitas melhorias”, disse Gomez, acrescentando, “mas ainda não estamos nos níveis de 2019″.

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As viagens internacionais estão lentas, pois o surto da variante Delta da Covid mantém as restrições ao turismo. A persistência da pandemia e a resultante escassez de mão de obra e interrupções na cadeia de suprimentos estão afetando a perspectiva de viagens em 2022.

Por exemplo, o Havaí, que depende do turismo para sustentar sua economia, teve em agosto uma queda de 8,9% nos gastos dos turistas em relação a agosto de 2019. O estado disse que os gastos totais dos turistas nos primeiros oito meses deste ano foram de US$ 7,98 bilhões – quase 34% a menos que em agosto de 2019.

“Precisamos do retorno das viagens internacionais e de negócios para voltarmos aos níveis de 2019″, disse Gomez.

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Grandes cidades como Nova York e Chicago também dependem do turismo e podem atrair mais viajantes nacionais se todas as atividades de lazer em ambientes internos – como teatros – forem reabertas, disse Earl Heffintrayer, diretor sênior de crédito da Moody’s.

“Existe a possibilidade de que, se acabarem as viagens internacionais, que trazem altos rendimentos, parte dessas receitas não voltará”, disse.

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