Cientistas sul-africanos afirmam que nova variante pode ser mais transmissível

Identificada em maio, variante C.1.2. do coronavírus tem maior capacidade de transmissão e evasão de anticorpos e já foi encontrada em sete países da África, Oceania, Ásia e Europa

Nova cepa foi identificada me maio em duas províncias da África do Sul
Por Antony Sguazzin
30 de Agosto, 2021 | 07:30 PM

Bloomberg — Cientistas sul-africanos afirmaram ter identificado uma nova variante do coronavírus com um número preocupante de mutações.

A variante chamada C.1.2. foi identificada em maio nas províncias sul-africanas de Mpumalanga e Gauteng, onde fica Joanesburgo e a capital Pretória, segundo artigo dos cientistas. Desde então, a variante foi encontrada em sete países da África, Oceania, Ásia e Europa.

As mutações no vírus “estão associadas a uma maior transmissibilidade” e uma maior capacidade de evasão de anticorpos, disseram os cientistas. “É importante destacar essa linhagem considerando sua constelação de mutações”.

Mudanças no vírus provocaram ondas sucessivas de Covid, e a variante delta, encontrada pela primeira vez na Índia, agora aumenta as taxas de infecção em todo o mundo. As mutações são inicialmente classificadas como variantes de interesse pela Organização Mundial da Saúde. Uma vez identificadas como mais graves ou transmissíveis, elas são consideradas variantes preocupantes.

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A C.1.2. evoluiu a partir da C.1., linhagem de vírus que dominou as infecções da primeira onda da África do Sul em meados de 2020.

A pesquisa foi publicada por grupos sul-africanos, incluindo a Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal, conhecida como Krisp, e o Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis.

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Cientistas sul-africanos também descobriram a variante beta em 2020, mas fizeram questão de enfatizar que a capacidade avançada do país de sequenciar os genomas do vírus significa que, embora novas variantes possam ser identificadas no país, elas poderiam ter se originado em outro lugar.

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