BR Distribuidora aprova programa de recompra de ações no valor de R$ 1,5 bilhão por até 18 meses

Em fato relevante, Petrobras Distribuidora informa que efeitos do programa começam a partir do próximo dia 18 de agosto e cita que vê no programa “mais uma opção oportuna de alocação de capital”

No fim de junho, a Petrobras vendeu suas ações na BR Distribuidora por R$ 11,358 bilhões, a R$ 26 cada papel
29 de Julho, 2021 | 09:30 AM

São Paulo — A Petrobras Distribuidora (BR) anunciou, nesta quinta, um programa de recompra de ações ordinárias no valor de R$ 1,5 bilhão, em um prazo de até 18 meses, aprovado por seu Conselho de Administração, com efeitos a partir do próximo dia 11 de agosto.

“A decisão da administração pela abertura do programa baseia-se na percepção acerca do potencial de criação de valor da Companhia. Esta percepção ancora-se não apenas em todas as ações já implementadas desde sua privatização, que a levaram a um novo nível de eficiência e rentabilidade, mas também nas oportunidades e ações ora em curso, já divulgadas ao mercado, que deverão contribuir significativamente para sua já robusta e resiliente geração de caixa. A administração vê no programa mais uma opção oportuna de alocação de capital”, informou a estatal.

De acordo com o fato relevante, a recompra tem por objetivo a aquisição de ações ordinárias de emissão da própria Companhia para manutenção de tais ações adquiridas em tesouraria, cancelamento ou alienação. As ações recompradas e mantidas em tesouraria podem, a critério da administração, ser usadas para cumprir obrigações decorrentes de planos de ações referentes à retenção de executivos, na forma aprovada por Assembleia Geral e pelo Conselho de Administração.

No pregão desta quinta (29), por volta das 10h30, os papéis da companhia já estavam sendo negociados a R$ 29,28 (+1,49%). No mês passado, o bilionário Ronaldo Cezar Coelho se tornou o maior acionista individual da BR Distribuidora.

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Irmão do famoso árbitro de futebol, Coelho comprou 4% da BR Distribuidora. O negócio envolveu R$ 1,35 bilhão, segundo dados públicos, e se deu por meio do Fundo Samambaia.

Com as alocações que já vinha fazendo este ano, Coelho é dono de 7,95% da ex-estatal. O Samambaia também está na Energisa. O negócio havia sido antecipado pelo Brazil Journal.

(Colaborou: Graciliano Rocha)

Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.