AIE vê déficit de oferta de petróleo com cortes da Opep+

Agência Internacional de Energia estima que demanda global por petróleo atingirá uma média recorde de 103,2 milhões de barris por dia este ano

Opep+ deve manter seus cortes de produção no segundo semestre
Por Grant Smith
14 de Março, 2024 | 11:31 AM

Bloomberg — O mercado global de petróleo enfrentará um déficit de oferta ao longo de 2024, em vez do excedente esperado anteriormente, já que a Opep+ deve manter seus cortes de produção no segundo semestre, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).

A Arábia Saudita e seus parceiros concordaram no início deste mês em prolongar os cerca de 2 milhões de barris diários de restrições à produção até meados do ano.

A AIE presume que as medidas continuarão até o final de 2024, diante dos “esforços do bloco para equilibrar os mercados de petróleo”, segundo relatório da agência.

“As alterações de pressupostos alteram nosso equilíbrio implícito para um ligeiro déficit, em vez do forte acúmulo previsto no relatório do mês passado”, afirmou a AIE, que também elevou as estimativas de demanda global este ano.

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Embora a Opep+ não tenha implementado por completo suas últimas restrições, as medidas ajudaram a puxar os preços do petróleo, apesar de uma desaceleração da demanda e oferta abundante de países como EUA e Brasil.

Os futuros de Brent fecharam no nível mais alto em quatro meses, acima de US$ 84 o barril, na quarta-feira (13).

A AIE elevou em 110.000 barris por dia sua previsão para o crescimento da demanda mundial por petróleo em 2024, para 1,3 milhões, diante de um cenário econômico mais forte nos Estados Unidos e uma maior necessidade de combustível para navios por conta dos desvios de rotas para evitar o Mar Vermelho.

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Com isso, a demanda global por petróleo atingirá uma média recorde de 103,2 milhões de barris por dia este ano, afirmou a agência.

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