JPMorgan cria IndexGPT para usar inteligência artificial em ativos temáticos

Banco se junta a outros gigantes de Wall Street, como Morgan Stanley, Goldman Sachs e Citigroup, que utilizam novas ferramentas de IA para estratégias de alocação

JPMorgan Chase & Co.
Por Greg Ritchie - Justina Lee
03 de Maio, 2024 | 01:05 PM
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Bloomberg — Depois de um ano de muita especulação em torno dos planos do JPMorgan (JPM) para aplicar a inteligência artificial em estratégias de investimento, o gigante de Wall Street anunciou o IndexGPT.

A ferramenta consiste em uma nova gama de cestas de investimentos temáticas criadas com a ajuda do modelo GPT-4 da OpenAI. Uma lista de palavras-chave associadas a um tema é gerada e então processada por um modelo de linguagem natural que vasculha notícias para identificar as empresas envolvidas.

É uma forma automatizada de criar os chamados índices temáticos, que identificam investimentos com base em tendências como computação em nuvem, esportes eletrônicos ou segurança cibernética — em vez de setores tradicionais ou fundamentos das empresas.

É a mais recente tentativa em Wall Street de aproveitar o frenesi em torno da IA, que os entusiastas dizem ter a capacidade de inaugurar uma nova era de crescimento econômico acelerado.

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Mas o IndexGPT está longe de ser uma revolução no mundo das finanças. Encontrar uso para IA em um setor altamente regulamentado, onde erros podem custar milhões, é particularmente desafiador.

Rui Fernandes, chefe de estruturação de negociação de mercados do JPMorgan, diz que o IndexGPT é o primeiro passo em um processo de longo prazo de integração da IA à oferta de índices.

“Trata-se de poder selecionar uma gama mais ampla de ações que não sejam necessariamente as empresas óbvias que todos já conhecem”, disse ele em entrevista.

“Estamos constantemente à procura de formas de melhorar todas as nossas ofertas, desde produtos de volatilidade de ações até produtos de impulso nas commodities. Mas queremos fazer isso de forma gradual, cuidadosa e progressiva.”

Sistemas de IA têm sido amplamente utilizados por Wall Street há anos, com bancos gastando bilhões para automatizar funções como negociação, gerenciamento de risco, detecção de fraudes e pesquisa de investimentos. Mas o rápido aumento das ferramentas generativas de IA – a tecnologia de criação de conteúdo por trás do ChatGPT – aqueceu a corrida para desenvolver novos recursos.

O Morgan Stanley (MS) está desenvolvendo um chatbot interno para seus consultores financeiros baseado na tecnologia OpenAI. O Goldman Sachs (GS) está usando IA generativa para ajudar seus desenvolvedores a escrever código de software. O Citigroup (C) recorreu à IA para ler 1.089 páginas de novas regras de capital para o setor bancário dos EUA.

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“Poder ter uma metodologia rápida de seleção de ações que representam um tema desde o início é muito importante para esse tipo de estratégia”, disse Fernandes, do JPMorgan. Os clientes “realmente querem ser capazes de captar temas emergentes e aproveitar esse impulso”, disse ele.

A Bloomberg LP, controlador da Bloomberg News, oferece produtos de índice para diversas classes de ativos por meio da Bloomberg Index Services Ltd.

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