Os imóveis que podem ser comprados ao redor do mundo com US$ 1 milhão

Levantamento da Knight Frank aponta Mônaco como o mercado residencial mais caro; o de São Paulo, por sua vez, está entre os mais baratos entre os principais do estudo

Na cidade, US$ 1 milhão comprou 34 metros quadrados de propriedades nobres no ano passado
Por Sarah Rappaport
05 de Março, 2023 | 02:57 PM

Bloomberg — Nova York superou Londres como o local mais caro para comprar imóveis residenciais de luxo, de acordo com novos dados do relatório anual de patrimônio da Knight Frank.

Em 2022, US$ 1 milhão comprou 33 metros quadrados de propriedades nobres em Nova York e 34 na capital do Reino Unido – uma mudança em relação a 2021, quando Londres era o local mais caro.

“O dólar forte influenciou e impulsionou a posição de Nova York, mas os preços prime na Big Apple subiram 2,7% no ano passado e 1,5% em Londres, então estamos vendo um crescimento um pouco mais lento em Londres”, diz Kate Everett-Allen, global chefe de pesquisa residencial da Knight Frank, que acrescenta que as propriedades em ambos os mercados são atraentes para compradores de alto patrimônio líquido, atuando como hedge (proteção) de inflação.

“A volatilidade em outras classes de ativos, como ações e criptomoedas, está destacando o apelo de propriedades nobres, principalmente em locais seguros como Londres e Nova York”, diz ela.

PUBLICIDADE

Mônaco manteve o título de mercado residencial mais caro, com US$ 1 milhão trazendo compradores para apenas 17 metros quadrados, segundo o relatório. Hong Kong segue com 21 metros quadrados, e Nova York aparece em terceiro.

Algumas das cidades mais baratas - entre os principais mercados analisados - no relatório foram São Paulo, com 231 metros quadrados, e Cidade do Cabo, com 218 metros quadrados.

Quando se trata de vendas super prime agregadas de US$ 10 milhões ou mais, Nova York, Los Angeles e Londres lideram o grupo, com Nova York no topo da lista. O mercado super prime teve um ano recorde em 2021, com 2.076 vendas acima de US$ 10 milhões transacionadas.

PUBLICIDADE

Em 2022, as vendas nessa categoria caíram para apenas 1.392 nos 10 mercados incluídos no relatório. Ainda assim, foram 49% maiores do que em 2019.

“Os investidores querem aumentar sua exposição ao dólar e querem uma posição segura nos Estados Unidos, principalmente com os ventos econômicos contrários que estamos observando”, diz Everett-Allen.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

Da Sabesp ao Porto de Santos: o que SP planeja para aquecer o maior PIB do país

Por que a Argentina perdeu relevância como parceiro comercial do Brasil