Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Mais do que startups de tecnologia, que têm reduzido a base de funcionários em meio à crise, grandes empresas também estão demitindo e suspendendo contratações nos Estados Unidos, com vistas a reduzir custos diante de uma inflação persistentemente alta e do aumento de juros.
A Oracle, o Walmart e a Apple estão entre as empresas que anunciaram cortes nas últimas semanas.
📋 Uma pesquisa feita pela consultoria PwC com mais de 700 executivos e membros da diretoria de empresas de todos os setores dos Estados Unidos relevou que metade das empresas para as quais trabalham os entrevistados estão cortando pessoal ou planejam fazê-lo.
💼 Além disso, 52% congelaram contratações e mais de 40% acabaram cancelando ofertas de emprego já feitas. Um número semelhante de empresas está reduzindo ou cortando os bônus de contratação que se tornaram comuns desde a pandemia.
Por outro lado, as empresas também estão aumentando os salários ou os benefícios relacionados à saúde mental.
Os resultados ilustram a contradição do mercado de trabalho atual nos EUA, no qual trabalhadores qualificados ainda conseguem benefícios em meio à escassez de talentos, mesmo quando as empresas contemplam demitir funcionários, principalmente em setores mais atingidos, como o de tecnologia e de imóveis.
⇒ Leia mais sobre a pesquisa da PwC aqui: Metade das empresas nos EUA já demitiu ou planeja demitir funcionários, indica pesquisa
Na trilha dos Mercados
O percurso dos mercados deve continuar errático, pelo menos até que se celebre, na semana que vem, a reunião de bancos centrais en Jackson Hole. No encontro, de 25 a 27 de agosto, os investidores estarão atentos às percepções dos formuladores de políticas monetárias para tomar o pulso do Federal Reserve (Fed), que define o caminho dos juros norte-americanos na reunião de 20 e 21 de setembro.
🌫️ Nuvem de fumaça. Informações contraditórias, tanto de indicadores macroeconômicos como dos dirigentes regionais do Fed, desorientam os investidores e trazem volatilidade aos mercados. Ao mesmo tempo que o Fed, em sua ata, reconheceu a possibilidade de um abrandamento de sua política monetária, com o objetivo de comprovar o efeito de transmissão dos juros mais altos sobre os preços, alguns de seus membros, como é o caso de James Bullard, ponderam que ainda é cedo para baixar a guarda.
Fed 🆚 Fed. Os sinais sobre o tamanho do próximo aumento da taxa de juros são divergentes. Esther George, de Kansas City, adotou um tom mais cauteloso, citando que as decisões de natureza monetária operam com atraso e que é preciso observar cuidadosamente como as ações do Fed respingam na economia real.
💶 x 💵 Empate? O dólar tem acelerado e se aproximado, outra vez, da cotação do euro. O quadro geopolítico deve exercer mais pressão. O presidente indonésio Joko Widodo disse que o chinês Xi Jinping e o russo Vladimir Putin planejam estar em uma cúpula do Grupo dos 20 em Bali no final deste ano. Isso estabelece um confronto com o presidente americano Joe Biden e outros, enquanto a Rússia continua sua guerra na Ucrânia.
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🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+0,06%), S&P 500 (+0,23%), Nasdaq Composite (+0,21%), Stoxx 600 (+0,39%), Ibovespa (+0,09%)
Em Wall Street, o tom de cautela se manteve nos mercados, que operaram voláteis. Os investidores digeriram a ata da última reunião do Federal Reserve, que sinalizou que os aumentos nas taxas de juros continuarão de forma a conter a inflação, apesar de sinais de enfraquecimento da economia.
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No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: não há eventos relevantes
• Europa: Zona do Euro (Transações Correntes/Jun); Reino Unido (Vendas no Varejo/Jul, Dívida Líquida do Setor Público/Jul); Alemanha (IPP/Jul); Itália (Saldo de Conta Corrente/Jun)
• América Latina: México (Vendas no Varejo/Jun); Colômbia (Dados Trimestrais de Comércio Exterior de Servicios)
• Bancos centrais: Pronunciamento de Thomas Barkin (Fed/FOMC)
• Balanços: Deere & Company
Destaques da Bloomberg Línea
• Quem é o novo dono de Congonhas e o que deve acontecer com o aeroporto?
• Quanto custa morar no prédio mais alto de SP? (mesmo que não seja no topo)
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