Novo recorde de inflação na Zona do Euro e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta quinta-feira (18)

Na taxa anual, os preços subiram 8,9% na Zona do Euro em julho
18 de Agosto, 2022 | 09:48 AM

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Bloomberg Línea — A quinta-feira (18) começa com os investidores digerindo os números recordes de inflação da Zona do Euro, além da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto, do banco central americano. Por aqui a agenda econômica não tem indicadores observados pelos investidores, mas os dados vindos dos EUA e da Europa vão compensar.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta quinta-feira (18):

1. Ata do FOMC

A ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC), divulgada ontem, sinalizou porta aberta para ajustes que podem ser agressivos ou suaves, a depender dos próximos indicadores econômicos.

De acordo com o documento, a decisão de se pautar por dados em vez de estabelecer uma orientação específica é resultado de um receio de que o Fed possa fazer aumentos exagerados na taxa básica de juros. A ata também destaca que os membros participantes da reunião reconhecem que a política de aperto monetário pode desacelerar o ritmo de crescimento econômico. No entanto, enxergam o retorno da inflação à meta como algo crítico para que o mercado de trabalho se mantenha sustentável.

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2. Inflação na Europa

O mercado digere os números de inflação da Zona do Euro divulgados nesta manhã, e que alcançaram um novo recorde, com os preços em julho acumulando alta de 8,9% em 12 meses - a maior alta desde 1999, quando o euro foi criado. De acordo com a agência de estatísticas da União Europeia, do número total, 4,02 pontos percentuais vieram da energia mais cara, e 2,08 pontos percentuais, de alimentos, bebidas e tabaco.

Mesmo quando os componentes mais voláteis são excluídos, o que o BCE chama de núcleo da inflação, os preços avançaram 5,1% em julho se comparados ao mesmo período do ano anterior.

3. Mercados

Os futuros americanos operam em leve alta na manhã de hoje, enquanto os investidores analisam a ata da reunião do Federal Reserve, o BC americano, de julho. O Dow Jones futuro subia 0,15% perto das 8h50, o S&P registrava alta de 0,20% e o Nasdaq, de 0,22%.

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Na Europa, os principais índices operavam em leve alta, com o mercado digerindo os dados de inflação divulgados mais cedo. o FTSE subia 0,06%, e o Stoxx600, 029%. Enquanto isso, o Dollar Index, que analisa a força do dólar através da comparação com o desempenho de outras moedas, subia 0,05%.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Maioria dos deputados do Centrão que tentam novo mandato esconde partido para evitar rejeição
  • Folha de S. Paulo: Disputa por evangélicos atinge auge e leva Janja e Michelle à linha de frente
  • O Globo: Fake news inundam início da campanha, com troca de ataques entre Lula e Bolsonaro
  • Valor: Estados reforçam saúde e reduzem segurança, mas cenário é incerto para o 2º semestre

5. Agenda

Com a agenda econômica esvaziada aqui no Brasil, os destaques são os discursos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, de Paulo Guedes, ministro da Economia, e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, durante um evento do BTG Pactual - o Macro Day - que começa na manhã de hoje e segue até o fim do dia.

Nos EUA, os investidores monitoram os números das vendas de casas usadas referentes ao mês de julho, pedidos iniciais de seguro-desemprego, índice de indicadores antecedentes, e o índice de atividade industrial e de condições empresariais de agosto.

Na Europa, saem os números de produção do setor de Construção de junho. Já no Reino Unido, o destaque é a confiança do consumidor, também de agosto.

Na agenda de balanços, os destaques também vêm lá de fora, com os resultados de Kohl’s, Estee Lauder, Ross Stores.

E também...

Depois de caírem nas primeiras horas da manhã, os preços do petróleo voltaram a subir nesta quinta-feira, estendendo os ganhos da sessão passada e seguindo o otimismo do relatório da agência federal americana do setor, a Energy Information Administration (EIA), que amenizou parte dos temores sobre uma possível recessão.

O petróleo tipo Brent avançava 1,57%, a US$ 95,11 o barril perto das 8h30, enquanto o WTI subia 1,26%, a US$ 89,22.

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- Com informações da Bloomberg News

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.