Uma startup jovem e gigante (e que aprendeu a lidar com o burnout)

Também no Breakfast: Voláteis, mercados aguardam dados macro dos EUA; Investidores não devem mudar de opinião todo dia, diz Howard Marks e Benchimol e Sicupira revelam sobre a hora de sair

Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Pedro Franceschi é fundador e co-CEO da Brex. Com cinco anos de existência, a fintech de cartões corporativos do Vale do Silício já vale pouco mais de US$ 12 bilhões. Franceschi, com 26 anos, é um dos mais novos bilionários brasileiros, junto com seu sócio Henrique Dubugras. Mas o sucesso é uma faca de dois gumes e o jovem empreendedor conta que passou por duas síndromes de burnout (esgotamento por causa do trabalho) até voltar ao equilíbrio.

Ele não foi uma criança comum (pelos padrões convencionais). Desde os seis anos, Franceschi se interessava pelos computadores Macs de seus pais. Aos oito, começou a aprender programação. Trabalha desde os 13 anos, quando palestrou em um TED Talks (depois de ser processado pela Apple porque desbloqueava iPhones).

Franceschi e Dubugras fundaram a fintech Pagar .me em 2013, no Brasil, quando tinham 18 e 19 anos, respectivamente. A Stone comprou a empresa dos dois jovens em 2016, quando Franceschi deixou o Brasil para se mudar para a Califórnia.

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A Brex foi fundada em janeiro de 2017 e em abril do mesmo ano recebeu seu cheque Série A. Até hoje, a startup captou US$ 1,5 bilhão em 11 rodadas, segundo o Crunchbase, e seu valuation já soma US$ 12,3 bilhões.

O jovem executivo passou por dois burnouts (esgotamento por causa do trabalho) e descobriu uma fórmula para encontrar o equilíbrio. Confira na matéria completa.

Cofundador e co-CEO da fintech de cartões corporativos Brex.dfd

Na trilha dos Mercados

Os mercados iniciam o dia no modo “ver para crer”. É que hoje saem dados cruciais para examinar a resistência da maior economia do mundo: as folhas de pagamentos dos Estados Unidos. As cifras, previstas para as 9h30 de Brasília, darão uma ideia do panorama do emprego e têm potencial de agitar os mercados, já que podem interferir no plano de ação do Federal Reserve (Fed).

📌 A grande questão é: as empresas manterão suas equipes ou os tambores de uma recessão começam a ruflar?

🏃🏽 Se correr o bicho pega. Se a situação laboral permanecer forte, dará mais argumentos para o Fed seguir com uma política monetária mais restrita para domar uma inflação persistentemente alta, recorde em 40 anos. No mês passado, o Fed aumentou sua taxa de referência em 0,75 ponto percentual pela segunda vez consecutiva, na campanha de aperto monetário mais agressiva em uma geração.

👹 Se ficar o bicho come. Por outro lado, se os dados sobre o payroll indicam que o mercado de trabalho vai perdendo impulso, já que a corrosão do poder de compra afeta a demanda, dará a entender que será difícil para a economia evitar uma recessão.

👁️ Não querendo dar spoiler, mas... É possível que as contratações se abrandem em julho, segundo Anna Wong, economista-chefe da Bloomberg Economics nos EUA. Mas segundo ela, o mercado de trabalho permanece consistente com uma economia em expansão - e não recessiva, o que deve levar o Fed a seguir como aperto monetário.

🔴 Geopolítica no radar. Hoje, a China enviou navios de guerra através da linha divisória do Estreito de Taiwan, disse o governo de Taiwan. O movimento, incomum, sinaliza que seus maiores exercícios em décadas ao redor das ilhas continuam pelo segundo dia - uma reação à visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha. Além disso, acredita-se que quatro mísseis balísticos disparados durante os exercícios de quinta-feira tenham voado sobre a ilha principal de Taiwan, disse o Ministério da Defesa japonês.

→ A análise completa você lê no Radar dos Mercados

Um panorama dos mercadosdfd
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (-0,26%), S&P 500 (-0,08%), Nasdaq Composite (+0,41%), Stoxx 600 (+0,18%), Ibovespa (+2,04%)

As ações dos Estados Unidos tiveram pregão instável, com os operadores analisando balanços em um cenário de aumentos agressivos das taxas de juros pelos bancos centrais globais. A curva de rendimentos dos títulos dos EUA permaneceu invertida à medida que os temores de recessão persistiram.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados e se inscreva no After Hours, a newsletter vespertina da Bloomberg Línea com o resumo do fechamento dos mercados.

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Relatório de Emprego (Payroll) Privado e do Governo/Jul, Crédito ao Consumidor/Jun

Europa: Alemanha (Produção Industrial/Jun); Reino Unido (Índice de Preços de Imóveis Halifax/Jul); França (Transações Correntes/Jun, Balança Comercial/Jun); Itália e Espanha (Produção Industrial/Jun)

América Latina: Brasil (IGP-DI/Jul, Vendas e Produção de Veículos/Jul); México (Investimento Fixo Bruto/Mai)

Ásia: Japão (Indicador Coincidente/Jun, Índice de Indicadores Antecedentes/Jun); Hong Kong (Reservas Internacionais/Jul)

Bancos centrais: Pronunciamentos de Huw Pill (BoE), Thomas Barkin (Fed/FOMC)

Balanços do dia: Nutresa, Banco de Chile, LSE group, Deutsche Post, Suncor, Allianz, Telus

Destaques da Bloomberg Línea

Exclusivo: Investidores não devem mudar de opinião todo dia, diz Howard Marks

Bradesco aponta aumento na inadimplência e crescimento moderado

WeWork registra nível de ocupação do período pré-pandemia

BlackRock se une à Coinbase para expansão do mercado de criptomoedas

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • Recessão é inevitável e juro alto ficará por mais tempo, diz Lawrence Summers • Segredo de bilionário: Benchimol e Sicupira revelam sobre a hora de sair • Petrobras anuncia redução de R$ 0,20 no litro do diesel para distribuidoras • Mundo observa preocupado relação do Brasil com meio ambiente, diz Theresa May

• Opinião Bloomberg: O que está salvando o setor de tecnologia são as vendas corporativas

• Pra não ficar de fora: Warner anuncia fim do HBO Max - e pode resultar em demissões

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe