Janet Yellen diz que, por ora, não vê sinais de recessão nos EUA no horizonte

Expectativa é de que o Federal Reserve eleve a taxa básica de juros em 75 pontos base esta semana de forma a tentar conter a inflação

“O Fed é encarregado de implementar políticas que reduzirão a inflação”, disse Yellen, ex-presidente do Fed. “E eu espero que eles sejam bem sucedidos.”
Por Tony Czuczka
24 de Julho, 2022 | 06:30 PM

Bloomberg — A secretária do Tesouro, Janet Yellen, expressou confiança na luta do Federal Reserve, o banco central americano, contra a inflação e disse que não vê nenhum sinal de que a economia dos Estados Unidos esteja em ampla recessão.

“É provável que vejamos alguma desaceleração na criação de empregos”, disse Yellen no programa “Meet the Press” da rede americana NBC neste domingo (24). “Não acho que isso seja uma recessão. Uma recessão é uma fraqueza generalizada na economia. Não estamos vendo isso agora.”

Com os preços ao consumidor nos Estados Unidos subindo no ritmo mais rápido em quatro décadas, um número crescente de analistas diz que será necessária uma recessão e um aumento do desemprego para aliviar significativamente as pressões sobre os preços. Em junho, o Fed elevou as taxas para o maior patamar desde 1994 e a expectativa é de que aprove outro aumento de 75 pontos base nesta semana.

A inflação está “muito alta”, disse Yellen, ao renovar o argumento do governo Joe Biden de que os preços também estão altos em muitas outras economias desenvolvidas ao redor do globo.

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“O Fed é encarregado de implementar políticas que reduzirão a inflação”, disse Yellen, ex-presidente do Fed. “E eu espero que eles sejam bem sucedidos.”

Mesmo que os EUA registrem dois trimestres consecutivos de contração econômica, Yellen – citando o mercado de trabalho dos EUA – disse que não espera que os acadêmicos do National Bureau of Economic Research (NBER), que determinam quando o país está de fato em uma recessão, considerem hoje esse cenário.

“Eu ficaria surpresa se o NBER declarasse este período como uma recessão, mesmo que tenha dois trimestres de crescimento negativo”, disse ela. “Temos um mercado de trabalho muito forte. Quando você está criando quase 400 mil empregos por mês, isso não é uma recessão.”

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