Os planos dos gigantes agro

Também no Breakfast: Mercados “esperam para ver” novos dados sobre emprego nos EUA; Startup britânica fecha acordo para táxis voadores no Brasil e 5 lições de um unicórnio norte-americano para as startups da AL

Tempo de leitura: 4 minutos

Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

Apesar de a agropecuária ter se retraído no primeiro trimestre, com uma quebra de safra em um ano já desafiador - inflação e juros nas alturas - a retomada está a caminho. Pelo menos se depender dos maiores players do setor.

Isso porque líderes na produção de soja, milho e algodão vão “pisar no acelerador” e ampliar a área plantada, somando pouco mais de dois milhões de hectares dessas commodities agrícolas na safra 2022/23, com expectativa de ampliar em tamanho no futuro próximo.

Para os cinco maiores produtores agrícolas do Brasil, as margens das atividades devem retornar à normalidade, deixando para trás os momentos de euforia vividos pelo setor nos últimos dois anos.

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🌽 A avaliação é que mesmo com o aumento dos custos de produção, que têm influenciado todas as cadeias produtivas, as cotações das commodities ainda se manterão em patamares altos o suficiente para garantir resultados positivos na próxima safra.

Saiba como os maiores players do agronegócio no Brasil planejam surfar o cenário favorável para commodities.

Área plantada desse seleto clube de produtores vai representar um aumento de um dígito em relação ao ciclo anteriordfd

Na trilha dos Mercados

Mal começou o dia e o mercado acionário norte-americano já foi de mais a menos.A volatilidade pautará os negócios até que saiam novos dados sobre o emprego nos Estados Unidos, previstos para esta manhã (9h30 de Brasília).

🩺 Check-up. Combinadas com a inflação, estas cifras darão uma ideia do estado de saúde da maior economia do mundo e uma pista de como o Federal Reserve (Fed) procederá com sua política de aumento dos juros.

🤔 Como reagir? Diante de tanta incerteza, os mercados têm reagido mal até mesmo quando os dados macro são favoráveis, já que reforçam a expectativa de que o Fed suba os juros mais agressivamente para domar a inflação.

Ontem, por exemplo, as bolsas dos EUA subiram com o anúncio de que as empresas privadas do país adicionaram, em maio, o menor número de empregos desde que a economia começou a se recuperar da pandemia. A folha de pagamento aumentou em 128.000 no mês passado, bem inferior aos 300 mil esperados e aos 247 mil postos agregados no mês anterior, segundo o Instituto ADP.

👀 Ver para crer. Mas membros chave do Fed parecem estar reticentes e inclinados à continuidade de aumento dos juros. Ontem, a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, disse que são razoáveis as expectativas de alta das taxas em 0,5 ponto percentual neste mês e no próximo. Por ora, ela não vê razão para suspender a política de aperto monetário do banco central posteriormente. “Neste momento é muito difícil ver o caso para uma pausa. Ainda temos muito trabalho a fazer para que a inflação desça para nossa meta de 2%”, disse em entrevista à CNBC.

📉 Petróleo em baixa. Esta manhã, o petróleo voltava ao seu curso de desvalorização. O movimento é uma reação ao anúncio, feito ontem, de aumento da produção em 50% pela OPEP+. O fornecimento de petróleo deve subir dos atuais 432 mil barris por dia para 648 mil em julho e agosto, o que tende a reduzir pressão sobre os preços.

Um panorama à primeira horadfd

🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrial (+1,33%), S&P 500 (+1,84%), Nasdaq Composite (+2,69%), Stoxx 600 (+0,57%), Ibovespa (+0,93%)

Depois de começar o mês no vermelho, ontem o mercado acionário dos EUA se recuperou, pois alguns dados econômicos levaram os investidores a esperar uma política monetária menos austera por parte do Fed. Os investidores analisaram as contratações privadas, que apresentaram o menor incremento desde o início da recuperação pós-pandemia, e os pedidos de fábrica, que vieram abaixo do esperado.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados e se inscreva no After Hours, a newsletter vespertina da Bloomberg Línea com o resumo do fechamento dos mercados.

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

Feriados: Reino Unido, China, Hong Kong

EUA: Folha de Pagamento (Payroll) do Governo/Mai, Ganho Médio por Hora Trabalhada/Mai, Payroll Privado/Mai, Taxa de Desemprego/Mai, PMI Composto Markit/Mai, Atividade Empresarial Não Manufatureira ISM/Mai

Europa: Zona do Euro (PMI Composto Markit/Mai, Vendas no Varejo/Abr); Alemanha (Balança Comercial/Abr); França (Produção Industrial/Abr, PMI Composto/Mai); Espanha (PMI de Serviços/Mai)

América Latina: Brasil (Produção Industrial/Abr), PMI Composto Markit/Mai); Colômbia (Índice de Preços ao Produtor/Maio)

Bancos centrais: Pronunciamento de Lael Brainard (FOMC/Fed) e Andrea Enria (BCE)

Destaques da Bloomberg Línea

Táxis voadores no Brasil: Startup britânica fecha acordo para ‘vertiportos’

PIB do primeiro trimestre sobe 1% e fica abaixo de estimativas

Microsoft reduz projeções e acende alerta para impacto do câmbio no resultado

Fundos locais retiram US$ 5 bilhões e embalam ‘mini-rali’ do real

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: • 5 lições deste unicórnio norte-americano para as startups da América Latina • 11 ações para comprar em junho, segundo recomendações de 14 corretoras • Presidente do Goldman Sachs alerta para ‘choques sem precedentes’ • Startup peruana Favo suspende operações no Brasil e demite 170 funcionários

• Opinião Bloomberg: Timing da saída de Sheryl Sandberg do Facebook não é dos melhores

• Pra não ficar de fora: Apple atualizará sistema do iPad para que fique mais parecido com MacBook

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe