Bom dia! Hoje é 28 de janeiro de 2022 e este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias do dia
:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/UDQOK3YSUZBALCJ2LPCFRMSMJU.jpg "Estrangeiros apostam no real e em ativos locais")
Posições vendidas em ativos brasileiros por parte de investidores locais estão sendo esmagadas por uma onda de otimismo de estrangeiros, que correm para colocar dinheiro para trabalhar nos mercados baratos do país.
⬆️ Estrangeiros despejaram US$ 9,2 bilhões em derivativos que apostam no real nas últimas três semanas, tornando-se a jogada mais otimista em quase quatro anos. As ações locais registraram uma entrada de R$ 23 bilhões (US$ 4,3 bilhões) de não residentes este mês, com investidores como Franklin Templeton e Mirae Asset Global Investments LLC vendo espaço para uma recuperação.
📈 O ciclo agressivo de aperto monetário do Brasil, que elevou a taxa básica de juros em 7,25 pontos percentuais em menos de um ano, ajuda a atrair dinheiro offshore que está girando em mercados emergentes, já que muitos países desenvolvidos devem começar a reduzir estímulos. 📌 A preferência por ativos vinculados a commodities também favore as economias latino-americanas em um momento em que as tensões geopolíticas afastam os comerciantes da região EMEA, especialmente Turquia e Rússia.
Na trilha dos Mercados
Os balanços corporativos devem recuperar o destaque, já que o mercado, depois de absorver as mensagens de aperto monetário do Federal Reserve (Fed), começa a virar a página.
- Entre os futuros de índices nos Estados Unidos, predomina a valorização. Na Europa, a queda generalizada é pressionada pela divulgação de que a economia alemã encolheu mais do que o esperado: caiu 0,7% no quarto trimestre, comparativamente aos três meses anteriores, contra expectativas de uma contração de 0,3%. A taxa interanual foi de +1,4% no último trimestre, contra projeções de +1,8% e +2,5% na leitura do trimestre anterior de 2021.
- Contudo, Espanha e França mostravam um crescimento mais acelerado que o esperado.
Em uma semana bastante volátil, nervosa e carregada de notícias relevantes, os operadores trataram de descontar nos preços dos ativos a sinalização mais agressiva do Fed na luta contra a inflação.
🏦 Após o discurso de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, o mercado ampliou de quatro para cinco suas apostas de aumento dos juros pelo Fed este ano – há quem considere a hipótese de até seis altas. Outras quatro subidas são esperadas do Banco da Inglaterra (BoE).
📊 No mais, além do rescaldo das sinalizações do Fed, os investidores vão monitorar os resultados empresariais, que no geral têm sido favoráveis. Apple, por exemplo, chegou a subir 5% no after market ontem. A gigante de tecnologia anunciou um recorde de vendas trimestrais, indicando de que foi capaz de lidar com uma crise na cadeia de suprimentos, agravada pela pandemia e pela escassez de chips.
🪖 No âmbito geopolítico, aumentam as possibilidades de uma saída não militar. As conversas entre Vladimir Putin e mandatários da Europa e dos Estados Unidos continuam.
Leia também:
• Fed dá largada ao maior aperto da política monetária em décadas
:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/KF6V4OZXU5BPFMLICACJLRWYQE.png "Um panorama dos mercados esta manhã")
🟢 As bolsas ontem: Dow (-0,02%), S&P 500 (-0,54%), Nasdaq (-1,40%), Stoxx 600 (+0,65%), Ibovespa (+1,19%)
Os mercados de ações dos EUA tiveram mais um dia de forte instabilidade, com os investidores tratando de ajustar os preços dos ativos à mudança de atitude do Fed, que se mostrou ainda mais enérgico no combate à alta dos preços. O Nasdaq 100, referência em tecnologia, caiu para o menor nível desde junho. Apesar de seus excelentes resultados, as ações da Tesla Inc. cederam 12% depois que a fabricante de carros elétricos adiou o lançamento de novos modelos.
No radar
• EUA: Gastos pessoais, sentimento do consumidor da Universidade de Michigan
• Europa: agregado monetário (M3), Expectativas de Preços ao Consumidor
• Alemanha: PIB (4T21)
• Balanços: Chevron, Caterpillar
Destaques da Bloomberg Línea
• MadeiraMadeira quer ‘elevar a barra do mercado’ com centro tecnológico
• Petrobras e Novonor vendem ações da Braskem em oferta de R$ 7,4 bi
• EUA registram crescimento de 6,9% no 4T, acima do esperado
• UE pressiona WhatsApp para informar como dado de usuário é tratado
• Robinhood decepciona com receita fraca e ações desabam até 15%
Também é importante
• O SoftBank Group Corp. confirmou que o diretor de operações Marcelo Claure está deixando o grupo, encerrando um mandato tumultuado, culminado por um conflito com o fundador Masayoshi Son sobre remuneração e responsabilidades. Michel Combes assumirá a responsabilidade de Claure no SoftBank Group International.
• Pandemia: países ‘populistas’ tiveram desempenho ruim, aponta estudo: Estados Unidos, Brasil, Reino Unido e outros países com governos “populistas” administraram mal a pandemia de covid-19 em 2020 e causaram mortes desnecessárias com políticas relativamente brandas, segundo um trabalho de pesquisa acadêmica.
• Como a decisão da CVM sobre o Maxi Renda pode afetar fundos imobiliários: Dentro da indústria de fundos imobiliários do país, dois tipos de ativos são potencialmente os mais afetados caso a decisão da CVM (Comissão de Valores Imobiliários) sobre a interrupção de pagamentos de dividendos se houver prejuízo contábil abarque todo o mercado: os fundos de fundos, lastreados em cotas de outros fundos imobiliários, e alguns fundos de tijolo, ativos lastreado em imóveis.
• Lula mais centrista embala entrada de estrangeiro, diz Gauss Capital: O discurso recente do ex-presidente Lula em favor de uma aliança com o centro é um dos fatores que motivam a entrada de recursos estrangeiros para o mercado brasileiro neste começo de ano, diz Carlos Menezes, gestor de portfólio da Gauss Capital.
Opinião Bloomberg
Por que Musk não pode deixar os números da Tesla falarem por si
Como sentimos falta de Elon Musk. A ausência do CEO da Tesla (TSLA) na teleconferência de resultados de outubro deixou o tom da reunião bastante seco e empolado - ou, daquele jeito que todo mundo sabe como é, uma teleconferência normal sobre lucros. No entanto, seu retorno na quarta-feira (27) à noite reacendeu um pouco da velha magia.
Musk estava de volta por dois motivos óbvios. Primeiro, esses foram ótimos resultados. A segunda razão diz respeito a algumas notícias decepcionantes: a Tesla não lançará nenhum novo modelo este ano, incluindo o tão esperado (e atrasado) Cybertruck. Revelar essa informação sem alarmar os fiéis exigia o toque hábil do professor.
Pra não ficar de fora
:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/ZHZN4WA6LZFQRA7JCGZ5TEHQPI.jpg "Vestir os atletas nas Olimpiadas de Pequim e colaboração limitada com a Fendi")
A marca de roupas íntimas de Kim Kardashian, Skims, dobrou o valor de mercado para US$ 3,2 bilhões em nove meses, com investidores colocando dinheiro em marcas emergentes, que devem conquistar participação no público.
💰 A rodada de financiamento de US$ 240 milhões foi liderada pelo hedge fund Lone Pine Capital e acompanhada pela empresa de investimentos D1 Capital Partners, disse o CEO da Skims, Jens Grede, em entrevista.
🟢 Os investidores atuais, Imaginary Ventures, Alliance Consumer Growth e Thrive Capital, também participaram. A Skims foi avaliada em US$ 1,6 bilhão em abril.
📌 “Esta última rodada nos permitirá focar em trazer mais inovações e soluções para nossas clientes e nos tornar um recurso ainda mais confiável para elas”, disse Kardashian em um e-mail.
