Yellen diz que ômicron não irá atrapalhar recuperação dos EUA

Secretária do Tesouro americano espera que altas taxas de vacinação e gastos emergenciais ajudem a economia

"Estou confiante de que [a ômicron] não vai atrapalhar o que tem sido um dos períodos mais fortes de crescimento econômico em um século.”
Por Christopher Condon
19 de Janeiro, 2022 | 11:36 AM

Bloomberg — A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse que não espera que a variante ômicron do coronavírus atrapalhe a recuperação econômica dos EUA.

“Sim, a ômicron apresentou um desafio e provavelmente afetará alguns dados nos próximos meses”, disse Yellen nesta quarta-feira (19) em um discurso na Conferência de Prefeitos dos EUA. “Mas estou confiante de que não vai atrapalhar o que tem sido um dos períodos mais fortes de crescimento econômico em um século.”

Yellen disse que as altas taxas de vacinação nos EUA e gastos emergenciais de cidades e estados possibilitados pelo Plano de Resgate Americano do governo Biden devem evitar um impacto mais sério da variante.

O plano de resgate foi uma lei de US$ 1,9 trilhão promulgada em março que ajudou a combater o vírus e sustentar famílias e empresas durante a crise. Mas também foi responsabilizado por ajudar a empurrar a inflação para seu nível mais alto em 40 anos.

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Economistas reduziram as previsões de crescimento para o primeiro trimestre de 2022 para 3%, de 3,9% em uma pesquisa recente da Bloomberg, citando a disseminação da ômicron.

Conta dos gastos

Yellen também expressou otimismo de que o plano de gastos de longo prazo do governo, conhecido como Build Back Better – que entrou em colapso em meio a lutas internas democratas em dezembro – será revivido em breve, com muitos dos componentes intactos.

“As negociações no Congresso sobre a legislação Build Back Better estão em andamento”, disse ela. “Embora não saibamos a forma final que isso terá, revolucionará a forma como cuidamos das crianças neste país, investimos nas mudanças climáticas e reformulamos o sistema tributário internacional para garantir que as empresas paguem sua parte justa”.

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