Delta Air Lines vai cobrar taxa para não vacinados

Segundo CEO da aérea, aumento de casos motiva a pressão para que todos os funcionários se vacinem

Os funcionários da Delta Air Lines enfrentarão uma sobretaxa de US$ 200 mensais se não forem vacinados contra a Covid-19. Fonte: Bloomberg
Por Mary Schlangenstein
19 de Novembro, 2021 | 12:51 PM

Bloomberg — A Delta Air Lines vai impor uma cobrança mensal de US$ 200 a funcionários que não se vacinarem contra a Covid-19, tornando-se a primeira grande empresa dos EUA a cobrar uma penalidade para incentivar trabalhadores a receber a proteção.

O CEO Ed Bastian explicou a nova política em memorando distribuído na quarta-feira. Segundo ele, 75% dos empregados da companhia aérea já estão vacinados. O aumento de casos da doença devido a uma variante “muito agressiva” do coronavírus motiva a pressão para que todos os funcionários se vacinem, afirmou o executivo.

A cobrança será aplicada a participantes do plano de saúde que não se vacinarem até 1º de novembro. A partir de meados de setembro, a empresa exigirá testes semanais de funcionários não imunizados.

A Delta não chegou a obrigar a vacinação, como fizeram a rival United Airlines Holdings e outras companhias dos EUA este mês. Goldman Sachs Group, Google e Facebook também anunciaram exigência de vacinação.

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Essas exigências ganharam respaldo desde a segunda-feira, quando a vacina da Pfizer/BioNTech recebeu aprovação final do órgão que regula alimentos e medicamentos no país (Food and Drug Administration ou FDA). No entanto, alguns empregadores estão agindo com cautela para evitar irritar colaboradores e perder funcionários em um momento de escassez de mão de obra. Para alguns consultores de saúde, as cobranças dificilmente serão tão convincentes quanto os mandatos.

A sobretaxa para funcionários não vacinados endereça o “risco financeiro” de sua decisão, afirmou Bastian. A internação hospitalar de pacientes com Covid-19 custa em média US$ 50.000 por pessoa à Delta, acrescentou.

“Com o anúncio esta semana de que o FDA deu aprovação total à vacina da Pfizer, agora é a hora de você se vacinar”, avisou Bastian.

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De acordo com a nova política, todo colaborador que não estiver totalmente imunizado até 12 de setembro será obrigado a fazer teste de coronavírus semanalmente “enquanto os índices de casos na comunidade estiverem elevados”, segundo o memorando.

Os funcionários não vacinados devem usar máscaras em todos os ambientes fechados, com efeito imediato. A partir de 30 de setembro, a licença paga a colaboradores com Covid só será concedida a quem estiver duplamente vacinado, mas ainda assim adoecer.

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