Líder da divisão do PlayStation vai se aposentar da Sony após 30 anos

Jim Ryan, executivo de 63 anos, deixará a empresa em março de 2024; ele ingressou na Sony em 1994, pouco antes do lançamento do primeiro PlayStation

PS5
Por Jason Schreier
29 de Setembro, 2023 | 12:47 PM

Bloomberg — Jim Ryan, diretor-executivo da Sony Interactive Entertainment, irá se aposentar após quase 30 anos de trabalho na empresa. O líder da lucrativa unidade de videogames PlayStation da Sony deixará a empresa em março de 2024, conforme anunciado pela empresa na quarta-feira (27) em um comunicado.

Ele ingressou na Sony em 1994, pouco antes do lançamento do primeiro console PlayStation, e foi nomeado para o cargo atual em 2019. O executivo de 63 anos afirmou que achou difícil conciliar viver na Europa enquanto trabalhava na América do Norte.

“Vou sair tendo tido o privilégio de ter um trabalho que amo em uma empresa muito especial, trabalhando com pessoas incríveis”, disse Ryan.

Em uma medida que destaca a importância da divisão, Hiroki Totoki, presidente e diretor financeiro da controladora Sony Group, se tornará CEO interino da unidade de jogos quando Ryan se retirar. Ele continuará em seus cargos atuais enquanto a empresa busca um sucessor.

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Ryan liderou a divisão de videogames durante o lançamento do seu console mais recente, o PlayStation 5, em novembro de 2020. Embora o lançamento inicial tenha enfrentado problemas na cadeia de suprimentos devido à covid e tenha sido difícil de adquirir, o PlayStation 5 já ultrapassou a marca de 40 milhões de unidades vendidas.

Ryan é conhecido por ter sido crítico do acordo da Microsoft (MSFT) para adquirir a Activision Blizzard por US$ 69 bilhões, fazendo lobby contra o negócio junto a reguladores federais. Ele também criticou o CEO da Activision, Bobby Kotick, no final de 2021, após alegações de que a empresa por trás dos populares jogos Call of Duty não respondeu adequadamente às acusações de má conduta sexual e assédio a mulheres.

Ele também causou controvérsia por conta própria. No ano passado, Ryan irritou alguns funcionários ao enviar um memorando que combinava comentários sobre a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre o acesso ao aborto com cinco parágrafos sobre o primeiro aniversário de seus dois gatos.

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