Ibovespa fecha em alta impulsionado por ganhos da Vale; Petrobras também sobe

Bloomberg Línea — A recuperação do minério de ferro sustentou os ganhos da Vale (VALE3) e impulsionou o Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (8). O principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com alta de 1,63%, aos 128.857 pontos, destoando do desempenho de Nova York, que ficou próximo da estabilidade. O dólar (USDBRL) caía -0,67% e era negociado a R$ 5,03 no fechamento.

Os papéis da mineradora brasileira avançaram mais de 5% e foram a principal contribuição positiva para o Ibovespa. Os ganhos da empresa refletiram os preços do minério de ferro, que tiveram forte recuperação nesta segunda, impulsionado pela especulação de que a demanda pode aumentar na China. Os futuros da matéria-prima em Singapura chegaram a saltar 6,6%, para US$ 104,85 a tonelada, depois de duas semanas seguidas de queda.

A demanda por aço para construção e para a indústria “tem potencial para melhorar” após medidas de estímulo, disse a China Industrial Futures. “As usinas também estão reiniciando lentamente os altos-fornos depois que os lucros melhoraram.”

Além da mineradora, outras ações de peso no índice também subiram, com destaque para a Petrobras (PETR3; PETR4). Investidores monitoram as discussões sobre o pagamento dos dividendos extraordinários, o que poderia ajudar o caixa do governo em momento de dificuldade para elevar a arrecadação, e as conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros sobre a gestão de Jean Paul Prates no comando da estatal, com uma eventual substituição de Prates no radar.

As ações dos bancos Itaú Unibanco (ITUB4) e do Banco do Brasil (BBAS3) também avançaram e também contribuíram para o desempenho positivo.

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Na outra ponta, os papéis de IRB (IRBR3) caíram em um movimento de correção depois da forte alta na sexta-feira e ficaram entre as maiores perdas do dia. Braskem (BRKM5), Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), CVC Brasil (CVCB3) e Prio (PRIO3) também fecharam em queda.

No mercado americano, os investidores aguardam a divulgação de dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), principal indicador de inflação, que deve balizar os próximos passos da política monetária no país.

Os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram para o nível mais alto desde novembro e chegaram próximos de atingir o patamar de 4,5% que alguns investidores observam como um limiar que poderia determinar se as taxas podem voltar às máximas de 2023.

A convicção dos investidores em relação a três cortes de 0,25 ponto porcentual nas taxas de juros pelo Federal Reserve este ano está rapidamente dissipando, com os mercados agora favorecendo apenas duas reduções.

Economistas consultados pela Bloomberg preveem que o CPI mostrará algum alívio das pressões inflacionárias. No entanto, a leitura do núcleo, que exclui os custos de alimentos e energia, estaria em 3,7% — mais alta em relação ao ano anterior e acima da meta de 2% do Fed.

- Com informações da Bloomberg News.