Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!
As moedas de Brasil, México e Colômbia, três das maiores economias da América Latina, tiveram valorizações próximas de dois dígitos em relação ao dólar até o momento neste ano. Esse movimento aconteceu não apenas em razão de um contexto global mais favorável para as moedas de emergentes mas também devido à singularidade das condições locais em cada um desses países.
A diversidade macroeconômica da região afetou a taxa de câmbio do Brasil ao México, levando as moedas desses mercados a estarem entre as mais valorizadas entre os emergentes em 2023. Enquanto o peso colombiano se valorizou 19,6%, o peso mexicano ganhou 14,5%, e o real brasileiro, quase 10%.
Embora a fraqueza global do dólar tenha sido um dos principais ingredientes, fatores locais, o clima político e os investimentos promovidos pelos governos também desempenham um papel fundamental.
⇒ Leia mais: Queda do dólar: o que sustenta a tendência no Brasil, no México e na Colômbia

No Radar
Os investidores começam a semana sob expectativa pela inflação norte-americana na quinta-feira, após dados mais fracos do mercado de trabalho. A escalada da guerra no Mar Negro é monitorada por seu efeito sobre preços de grãos e o mercado avalia o sentimento dos investidores em relação aos títulos dos Estados Unidos e o rali observado no mercado de dívida alemã após anúncio inesperado do governo.
💰 Dividendos gigantes. Assim como outras petroleiras internacionais - e diferente da última cartada da Petrobras, a Saudi Aramco, maior exportadora de petróleo do mundo, resolveu aumentar o pagamento de dividendos a seus acionistas, para US$29,4 bilhões, bem acima dos US$18,8 bilhões pagos um ano antes, mesmo tendo obtido lucro operacional menor no último trimestre (US$57 bilhões).
🔜 De volta ao lucro? Após cinco trimestres seguidos de prejuízo, os investidores esperam que o Softbank apresente lucro de 73 bilhões de ienes amanhã, após acumular perdas de 6,9 trilhões de ienes em seu Vision Fund. Todos os olhos estarão nesse resultado para medir o entusiasmo em relação à onda de inteligência artificial (IA).
🌬️ Ventos contrários. A Siemens Energy revisará sua estratégia frente ao setor de geração eólica tendo em vista o alto custo com problemas de turbinas, sobretudo na Espanha, que deve quadruplicar o prejuízo anual da empresa para €4,5 bilhões. No trimestre encerrado em junho, o prejuízo cresceu cinco vezes, para €2,93 bilhões, e a estimativa para despesas com reparação é de €1,6 bilhões, que impactarão os próximos dois anos fiscais.
→ Leia a nota completa na seção de Mercados

🟢 As bolsas na sexta (04/08): Dow Jones Industrials (-0,43%), S&P 500 (-0,53%), Nasdaq Composite (-0,36%), Stoxx 600 (+0,29%), Ibovespa (-0,89%)
S&P 500, Nasdaq Composite e Ibovespa engataram o quarto dia seguido de perdas, sob impacto da mudança de sentimento de investidores e de resultados decepcionantes da Apple, nos EUA, e de Bradesco e Petrobras, no Brasil. Nem o resultado mais fraco do que o esperado do payroll de julho evitou as baixas.
Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Índice de Tendência de Emprego/Jul, Crédito ao Consumidor/Jun
• Europa: Zona do Euro (Confiança do Investidor-Sentix/Ago); Reino Unido (Índice de Preços de Imóveis Halifax/Jul, Taxa hipotecária-GBP, Vendas no Varejo-BRC/Jul); Alemanha (Produção Industrial/Jun); França (Total de Ativos de Reserva/Jul)
• Ásia: Japão (Índice de Indicadores Coincidentes e Antecedentes/Jun, Transações Correntes/Jun, Empréstimo Bancário/Jul, Gastos Domésticos/Jun, Massa Salarial Geral de Empregados/Jun); China (Reservas Cambiais/Jul); Hong Kong (Reservas Internacionais/Jul)
• América Latina: Brasil (Boletim Focus, IGP-DI/Jul); México (Confiança do Consumidor)
• Bancos centrais: Discursos de Patrick Harker, Michelle W. Bowman-Fed, Huw Pill-BoE
• Balanços: Tyson Foods, BioNTech, Itaú Unibanco
🗓️ Os eventos de destaque na semana →
Destaques da Bloomberg Línea:
• Nubank adapta produtos do Brasil para crescer no México, diz Cris Junqueira
• A corrida global de banqueiros para atender as famílias ultra-ricas da Ásia
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