Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!
A expectativa de que o rali que levou o Ibovespa a avançar 22% em três meses, saltando dos 98 mil pontos para os 120 mil pontos, tenha fôlego tem atraído muitos investidores de volta para a bolsa. Bancos e corretoras estão revisando para mais de 130 mil pontos a projeção para o fim do ano. Mas ainda há exceções.
É o caso da Garde Asset Management, gestora com foco na análise macro e preferência pela alocação em juros. A casa tem optado por ficar de fora do rali da bolsa brasileira. E está convicta.
A avaliação da casa é a de que, embora no curto prazo o entusiasmo com as ações brasileiras deva continuar, impulsionado em parte pelo fim do ciclo de aperto monetário e, em outra, pelo FOMO (Fear of Missing Out, o medo de perder o rali), no longo prazo o sentimento é de cautela.
“Acredito que vamos ter retrocessos, como o Estado voltando a ter uma participação maior na economia, caso do BNDES. Também estamos mais cautelosos porque achamos que ao longo do tempo o fiscal tende a decepcionar”, disse Daniel Weeks, economista-chefe da Garde, em entrevista à Bloomberg Línea.
⇒ Leia mais: Por que esta gestora diz que é cedo para montar posição na bolsa brasileira

No Radar
As preocupações com o baixo crescimento da economia chinesa impõem cautela nos mercados, ante os riscos de seu efeito para o desempenho de empresas. Os investidores retornam do feriado nos Estados Unidos avaliando também quanto espaço que resta para o rali acionário deste segundo trimestre.
🤖 Visão dominante. Em sua primeira manifestação pública em sete meses, Masayoshi Son, fundador do SoftBank Group, disse que a empresa está em posição de vencer a corrida para dominar a inteligência artificial (IA), graças a seus bilhões de dólares em investimentos em tecnologia.
🏦 Legado de multas. O UBS Group AG pode enfrentar mais de US$400 milhões em multas após investigações de reguladores da Suíça, dos EUA e do Reino Unido sobre as negociações do Credit Suisse com a Archegos Capital, informou o Financial Times.
📞 Tele a venda. A Telecom Italia SpA estaria perto de uma negociação avançada com a norte-americana KKR & Co. para a venda de sua rede por US$25 bilhões, segundo fontes da Bloomberg. A empresa também avalia proposta do credor estatal italiano Cassa Depositi e Prestiti e espera uma conclusão na próxima quinta-feira (22).
🛞 Reviravolta. Carlos Ghosn, ex-chefe da Nissan Motor Co., processou a montadora japonesa e várias pessoas relacionadas por demiti-lo em 2018 e orquestrar sua prisão por suposta má conduta financeira. Ele demanda mais de US$1 bilhão por “danos profundos” em suas finanças e reputação e apresentou sua queixa em um tribunal no Líbano, onde vive desde 2019, quando fugiu do Japão para escapar do julgamento.

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🟢 As bolsas ontem (19/06): Dow Jones Industrials (--), S&P 500 (--), Nasdaq Composite (--), Stoxx 600 (-1,02%), Ibovespa (+0,93%)
Em dia de liquidez reduzida por causa de feriado nos EUA, a bolsa brasileira voltou a ser dominada pelo sentimento positivo de investidores com a esperada redução da taxa de juros no segundo semestre, ainda que para o encontro de hoje e amanhã do Copom não se espere surpresa.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• Feriado: Argentina
• EUA: Licenças de Construção/Mai, Construção de Casas Novas/Mai
• Europa: Zona do Euro (Transações Correntes/Abr, Produção do Setor de Construção/Abr); Alemanha (IPP/Mai)
• Ásia: Japão (Produção Industrial/Abr, Utilização da Capacidade Instalada/Abr); Hong Kong (IPC/Mai)
• América Latina: México (Vendas no Varejo/Abr)
• Bancos centrais: Discurso de James Bullard, John Williams (Fed), Luis de Guindos (BCE), Ata da Reunião de Política Monetária (BoJ)
🗓️ Os eventos de destaque na semana →
Destaques da Bloomberg Línea:
• Petroleiras recuam em projetos renováveis e mudam perspectivas no setor
• Títulos de emergentes como Brasil têm espaço para ganhos, diz Morgan Stanley
• Ken Griffin, da Citadel, diz por que desaceleração da China não preocupa
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