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A ascensão do Mubadala

Também no Breakfast: Gestoras brasileiras divididas sobre corte dos juros; Como o avanço da IA pode favorecer as cotações na bolsa e A disputa pelos direitos de transmissão no futebol alemão

18 de Maio, 2023 | 06:30 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

Diante de uma crise de financiamento e uma desaceleração econômica, investidores de venture capital e fundadores de startups têm se voltado cada vez mais para o Oriente Médio. No centro desse interesse crescente está um fundo desconhecido para muitos: o Mubadala Capital Ventures.

Em 2017, o SoftBank lançou seu Vision Fund de US$ 100 bilhões com o apoio do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e da Mubadala, um fundo soberano com sede em Abu Dhabi. Nesse mesmo ano, a Mubadala abriu seu primeiro escritório nos EUA, para investir no Vale do Silício.

Em um ambiente em que os gastos com novos projetos de quase todo mundo caíram significativamente, o Mubadala está se tornando repentinamente popular simplesmente mantendo seu ritmo constante.

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No início deste mês, a Bloomberg News conversou com Ibrahim Ajami, head de ventures do Mubadala Capital, no escritório do Mubadala em São Francisco.

“Temos muitas conversas [com fundadores] sobre como você se torna mais eficiente? Como você volta aos fundamentos? Estamos conversando agora com empresas sobre consolidação, venda para empresas maiores, pensando a longo prazo”, disse Ajami sobre recomendações a startups.

Leia mais: Como o Mubadala se tornou um dos fundos mais disputados por startups e VCs

Vista de Abu Dhabi, em que o principal fundo local que ganha relevância no mundo dos investimentos em startups (Foto: Christopher Pike/Bloomberg)

No Radar

Os mercados estão mais confiantes na chance de um acordo para evitar o default dos Estados Unidos, após o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, declarar que é “factível” chegar a uma resolução, nesta semana, sobre a ampliação do teto da dívida. As negociações continuam e hoje os operadores avaliam o número de pedidos de auxílio-desemprego e possíveis efeitos para a política monetária do Federal Reserve (Fed).

✂️ Cortes superlativos. O BT Group Plc, o maior grupo de redes de telecomunicações do Reino Unido e dos maiores do mundo, planeja reduzir sua força de trabalho, incluindo funcionários e prestadores de serviços, em até 42% até o final da década. Os cortes, que virão depois que o BT terminar de instalar as redes de fibra óptica em todo o país, atingirão de 75.000 a 90.000 pessoas até o ano fiscal que se encerra em março de 2030, comparativamente aos 130.000 empregados atualmente.

📦 Caminho da Índia. A Amazon pretende investir US$12,7 bilhões em infraestrutura de nuvem na Índia até 2030, seguindo o exemplo de outras grandes empresas de tecnologia que apostam no crescimento digital do país. Os recursos serão usados em construção, computadores, servidores e infraestrutura de telecomunicações. Entre 2016 e 2022, a empresa investiu US$3,7 bilhões no país.

📉 Meta menor. A Nomura Holdings cortou sua meta de lucro para as principais divisões de negócios para US$2,1 bilhões até março de 2025. Kentaro Okuda, CEO da corretora japonesa, justificou a decisão citando um cenário macroeconômico em transição e aumento das taxas de juros, e avisou que pretende revisar suas formas de negócios para ampliar a rentabilidade.

Leia a nota completa na seção de Mercados

Os mercados esta manhã

🟢 As bolsas ontem (17/05): Dow Jones Industrials (+1,24%), S&P 500 (+1,19%), Nasdaq Composite (+1,28%), Stoxx 600 (-0,15%), Ibovespa (+1,17%)

Em uma semana de volatilidade, os índices de ações de Nova York fecharam com ganhos acima de 1% diante da avaliação de que um acordo sobre o teto da dívida dos EUA está mais próximo. No Brasil, o Ibovespa subiu com ajuda das ações da Vale.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

• EUA: Pedidos Iniciais de Seguro-Desemprego, Índice de Indicadores Antecedentes/Abr, Índice de Atividade Industrial Fed Filadélfia/Mai, Vendas de Casas Usadas/Abr

• Europa: Reino Unido (Confiança do Consumidor GfK/Mai); Espanha (Balança Comercial)

• Ásia: Japão (IPC/Abr); Hong Kong (Taxa de Desemprego/Abr)

• América Latina: México (Decisão da Taxa de Juros); Argentina (Balança Comercial/Abr)

• Bancos centrais: Relatório Mensal do BCE, Boletim Trimestral do BoE, Discurso de Huw Pill (BoE)

• Balanços: Walmart, Alibaba, Burberry Groups

🗓️ Os eventos de destaque na semana →

Destaques da Bloomberg Línea:

Gestoras se dividem em apostas em juro diante de pressão por corte da Selic

SoftBank reduz o valor dos fundos da América Latina em US$ 1,7 bilhão

Sob risco no cargo, presidente do Equador dissolve assembleia e convoca eleições

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: Goldman Sachs diz que IA pode impulsionar lucros de empresas nos EUA | Guerra de titãs: CEO da Microsoft nega acusação de Musk de que controla OpenAI | Plano mais barato e com anúncios traz à Netflix 5 milhões de usuários

• Opinião Bloomberg: O modelo de motivação dos funcionários não é mais o mesmo. O que vem agora?

• Para não ficar de fora: Fundos oferecem US$ 2 bi por fatia em direitos de transmissão da Bundesliga

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