Microsoft revela os primeiros resultados do uso de chatbot de IA nas buscas do Bing

Ainda há muito espaço para melhorias, diz a Microsoft, embora as respostas baseadas em IA tenham sido aprovadas por 71% dos testadores em mais de 169 países

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Por Vlad Savov
16 de Fevereiro, 2023 | 06:33 AM

Bloomberg — A Microsoft divulgou suas primeiras constatações após uma semana de testes das novas funcionalidades de inteligência artificial (IA) no seu mecanismo de busca Bing, feita com usuários de mais de 169 países.

As respostas baseadas em IA ganharam a aprovação de 71% dos testadores e o chatbot provou ser uma novidade popular que aprofundou o engajamento, disse a empresa com sede em Redmond, Washington, em seu blog. As pessoas também estão usando o bate-papo integrado no Bing, além de consultas específicas, “para uma descoberta mais geral do mundo e para entretenimento social”, segundo a Microsoft.

A nova tecnologia vem da integração da Microsoft com a tecnologia semelhante ao ChatGPT da OpenAI Inc., a startup responsável pelo fenomenalmente popular chatbot online. A Microsoft, uma das primeiras patrocinadoras da OpenAI e que recentemente aprofundou sua participação com um investimento de mais US$ 10 bilhões na empresa, está usando uma versão modificada e atualizada dos modelos de linguagem GPT da OpenAI. A integração de bate-papo foi projetada para fornecer respostas mais completas em um ambiente mais conversacional.

Ainda há muito espaço para melhorias, disse a Microsoft. Para consultas que exigem alto grau de precisão, como relatórios financeiros, a gigante do software quadruplicará os dados de base que envia ao modelo responsável por produzir as respostas. A Microsoft também descobriu que sua IA de bate-papo tinha dificuldades em conversas mais longas com 15 ou mais perguntas. “O Bing pode se tornar repetitivo ou ser incitado a dar respostas que não são necessariamente úteis ou alinhadas com o tom que projetamos”, afirmou.

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Pesquisadores e outros testadores postaram algumas interações anômalas com o bot Bing online, onde a IA adotou um tom ameaçador ou argumentativo ou inclusive contestou fatos básicos como em que ano estamos. A Microsoft reconheceu as pessoas que estão testando cenários extremos e disse que esses esforços estão ajudando a refinar o produto. “Sabemos que devemos construir isso abertamente com a comunidade; isso não pode ser feito apenas no laboratório”, escreveu a empresa.

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