Queda na expectativa de inflação e 4 assuntos do Brasil e do mundo

Confira os principais tópicos que vão marcar o sentimento dos mercados nesta segunda-feira (3)

Quarta queda consecutiva para a inflação neste e no próximo ano
03 de Outubro, 2022 | 10:17 AM

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Bloomberg Línea — O mês de outubro começa com os investidores digerindo os números das urnas no Brasil ontem, domingo (2), que mostrou um resultado mais apertado do que o apontado por institutos de pesquisa. O Ibovespa futuro sobia enquanto o dólar futuro opera em queda nesta manhã. No exterior, os futuros americanos também avançam cerca de 1%, embora o tom de pessimismo ainda predomine.

Veja as outras notícias que devem impactar os mercados nesta segunda-feira (3).

1. A manhã seguinte

O Brasil terá um segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) em 30 de outubro. Bolsonaro chega fortalecido pelo fato de ter obtido um desempenho superior ao que os principais institutos de pesquisa apontavam. Já para Lula, o resultado decepciona em parte porque o objetivo da campanha era vencer as eleições no primeiro turno, mas confirma a força de seu nome em uma disputa em que o PT ficou aquém do esperado em muitos estados.

Mas o resultado apertado do primeiro turno pode levar os investidores a reavaliarem as suas apostas para o país. A visão dos analistas é a de que no curto prazo nenhum dos candidatos comprometeria as contas do país ou o espaço para ganhos em bolsa.

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2. Boletim Focus

O mercado financeiro reduziu pela quarta semana consecutiva as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em 2022, de 5,88% na semana anterior para 5,74% agora. Já a projeção do IPCA para 2024 foi mantida em 3,50%.

O boletim, divulgado pelo Banco Central, também elevou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,67% para 2,70% neste ano e de 0,50% para 0,53% em 2023.

3. Mercados

Os futuros americanos sobem nesta manhã, com os investidores tentando recuperar um mês de setembro difícil. O Dow Jones futuro subia 1,11% perto das 10h, o S&P avançava de 1,03% no mesmo horário, e o Nasdaq registrava alta de 0,72%.

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Mas os mercados europeus operavam na contramão, depois de um pregão misto nos mercados da Ásia-Pacífico, e com movimentos acentuados no preço do petróleo. O FTSE de Londres caía 0,35%, e o Stoxx600 recuava 0,01% por volta das 9h15. Por aqui, o Ibovespa futuro seguia a entoada dos mercados americanos e subia 2,85% nesse horário, enquanto o Dollar Index, que mede a força da moeda americana em relação a uma cesta de outras moedas, subia 0,20%.

4. Manchetes do dia

  • Estadão: Congresso Nacional que sai das urnas estará à direita e mais radicalizado com bolsonaristas
  • Folha de S. Paulo: PL de Bolsonaro tem maior bancada no Congresso
  • O Globo: Colunistas analisam votação de Lula e Bolsonaro e o que esperar do segundo turno
  • Valor: Lula e Bolsonaro se enfrentam em 2º turno

5. Agenda

A primeira semana de outubro tem como destaque o relatório de empregos americano, o payroll, que sai na próxima sexta-feira (7). Hoje, no entanto, são esperados os gastos com construção de agosto e o índice ISM de emprego no setor manufatureiro de setembro.

Na agenda local, os destaques de hoje ficam com a divulgação da confiança empresarial, do IPC-S, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal, o boletim Focus e o PMI industrial.

E também...

Os preços do petróleo sobem nesta manhã, depois do anúncio da Opep +, que considera reduzir sua produção em mais de 1 milhão de barris por dia para sustentar os preços da commodity, o que seria o maior corte desde o início da pandemia. Às 8h30, o petróleo tipo Brent subia 3,90%, a US$ 88,46 o barril, enquanto o WTI registrava alta de 4,24%, a US$ 82,84 o barril.

- Com informações da Bloomberg News

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Melina Flynn

Melina Flynn é jornalista naturalizada brasileira, estudou Artes Cênicas e Comunicação Social, e passou por veículos como G1, RBS TV e TC, plataforma de inteligência de mercado, onde se especializou em política e economia, e hoje coordena a operação multimídia da Bloomberg Linea no Brasil.