Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (21) manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, interrompendo o ciclo de alta de juros após uma sequência de 12 aumentos seguidos.
Apesar da manutenção da taxa Selic, o ambiente ainda é desafiador para a alocação de investimentos e exige cautela dos investidores, em meio a um período marcado pela inflação elevada e pelos juros no maior patamar desde 2017. A eleição presidencial também deve trazer maior volatilidade para os ativos domésticos. Tal contexto exige que o investidor diversifique mais o portfólio e evite fazer mudanças bruscas em sua carteira.
Considerando esse cenário, a Bloomberg Línea consultou especialistas para entender quais as oportunidades disponíveis hoje e como alocar investimentos, levando em conta que o investidor já tenha uma reserva de emergência
⇒ Leia mais aqui: Como investir com Selic a 13,75%, em cenário de inflação e juros altos

No radar dos Mercados
A rota de fuga apresentada pelo Federal Reserve (Fed) para a aterrissagem dos juros acendeu um alerta no mercado. Além disso, a piora das expectativas do Fed para a economia leva os investidores a acreditarem que a recessão não somente é um cenário factível, mas também iminente. O Fed cumpriu a expectativa de alta de 0,75 ponto percentual dos juros, para um intervalo de 3% a 3,25%. Foi o terceiro aumento consecutivo nessa proporção, o que se traduz na política monetária mais agressiva desde a década de 1980, quando Paul Volcker comandava o banco central. O Fed prevê subir os juros até 4,6% em 2023 antes de terminar seu embate contra a inflação.
🔮 Prognósticos do Fed. As estimativas de inflação foram revisadas ligeiramente para cima. E a perspectiva do Fed para o crescimento econômico piorou bastante, com um avanço estimado para o PIB de 2022 de +0,2%, contra os +1,7% da leitura anterior. Mas o que chamou mais atenção do mercado foi o gráfico que indica a percepção dos diretores do Fed sobre o rumo das taxas, que indicou uma falta de consenso sobre a redução dos juros a partir de 2024.
😵💫 Atordoado. A reação do mercado foi errática ao princípio, mas terminou em fortes perdas no fechamento. Esta manhã, os futuros de índices dos EUA tentavam recuperar parte das perdas, mas ontem Wall Street voltou a flertar com o bear market, o mercado de baixa. Ontem, o S&P 500 recuou 21% desde o máximo de 4.797 pontos alcançado em 3 de janeiro.
📈 Aperto por todos os lados. Esta manhã, o banco central da Suíça também optou por uma alta de 0,75 ponto de seus juros, elevando o custo do dinheiro acima de zero pela primeira vez em quase oito anos. O Banco da Indonésia também subiu sua taxa, em 0,5 ponto percentual, o maior incremento desde 2018, superando estimativas de aumento de 0,25 ponto. E autoridade monetária de Hong Kong sinalizou que os bancos devem elevar, em breve, os custos dos empréstimos.
🏮 Caminho solo. Poucas horas após a decisão do Fed, o Banco do Japão manteve os juros no país, isolando a economia do cenário global de aumento monetário. Ainda na Ásia, o Goldman Sachs Group Inc. cortou sensivelmente a projeção de crescimento da economia da China, como efeito da política Covid Zero. O banco estima agora uma expansão do PIB de 4,5% em 2023, ante 5,3% previstos anteriormente.
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🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (-1,70%), S&P 500 (-1,71%), Nasdaq Composite (-1,79%), Stoxx 600 (+0,90%), Ibovespa (-0,52%)
Os mercados acionários americanos oscilaram entre ganhos e perdas após a decisão do Fed, mas no final pesaram sobre os índices as expectativas de que uma política monetária mais rígida poderia empurrar a economia para uma recessão. O Fed aumentou as taxas de juros em 0,75 ponto percentual, um patamar inédito desde a crise financeira de 2008. Os investidores também levaram em conta a nova ofensiva do presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia.
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Agenda
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: Pedidos de Seguro Desemprego, Transações Correntes/2T22, Índice de Indicadores Antecedentes/Ago, Índice de Atividade Industrial do Fed de Kansas/Set, Estoques de Gás Natural
• Europa: Zona do Euro (Relatório Mensal do BCE, Confiança do Consumidor/Set); Reino Unido (Confiança do Consumidor GfK/Set)
• Ásia: Japão (Índice de Preços ao Consumidor/Anual); Hong Kong (Índice de Preços ao Consumidor/Ago)
• América Latina: Brasil (Receita Tributária); México (Índice de Preços ao Consumidor/Set); Argentina (Transações Correntes/2T22)
• Banco centrais: Reuniões de Política Monetária dos bancos centrais do Reino Unido, da Turquia, Suíça, Japão, Indonésia e África do Sul. Discursos de Edouard Fernandez-Bollo (BCE) e Silvana Tenreyro (BoE)
📌 Para amanhã:
• Secretária do Tesouro dos EUA Janet Yellen discursa em Washington. PMIs da Zona do Euro
Destaques da Bloomberg Línea
• Trabalho informal dificulta a tarefa dos BCs de reduzir a inflação, diz Ilan Goldfajn
• Copom mantém Selic em 13,75% e pausa ciclo de aperto iniciado em 2021
• Nova York abraça causa ESG e prepara emissão de US$ 400 mi em social bonds
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