Olhos voltados às eleições da Colômbia

Também no Breakfast: Mercados têm semana curta, mas fértil em dados macroeconômicos chave; Analistas de Wall Street se dividem sobre quando sell-off vai terminar e EUA têm mais armas que pessoas e cidadãos seguem comprando mais

Tempo de leitura: 5 minutos

Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

🗳️ Os colombianos foram às urnas neste domingo (29) para definir o próximo presidente do país. A eleição, contudo, terá que ir para segundo turno, já que o favorito Gustavo Petro ficou bem aquém dos 50% dos votos necessários para vencer de primeira.

🇨🇴 A surpresa ficou com o empresário Rodolfo Hernández, que estava em terceiro lugar nas pesquisas, ultrapassando o político conservador Federico Gutiérrez. Agora, a decisão final terá que ser tomada em 19 de junho, quando os colombianos voltarão às urnas para o desempate.

🔎 As eleições da Colômbia estão sendo acompanhadas de perto. Isso porque, apesar da forte recuperação econômica da pandemia e do aumento dos preços do petróleo, pesquisas mostram que os colombianos querem mudar o modelo econômico atual e os partidos tradicionais que lideram o país há décadas.

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Enquanto Brasil, México, Peru, Chile, Argentina e Venezuela elegeram líderes de esquerda em diferentes momentos de sua história, a Colômbia até agora só teve governos liderados por conservadores e liberais.

O país é aliado de longa data dos Estados Unidos e há anos recebe ajuda para combater o narcotráfico. Uma mudança nas alianças regionais em direção a vizinhos mais à esquerda poderia representar um desafio para o governo Joe Biden.

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Na trilha dos Mercados

Wall Street estará fechada e os futuros de índices nos Estados Unidos funcionam em um ambiente de pouca liquidez. Os mercados hoje terão um dia atípico sem a referência financeira mais importante e nesta manhã encadeiam novas altas. Será uma semana curta (feriado hoje nos EUA e na quinta e sexta-feira no Reino Unido), mas fértil em índices macroeconômicos - tanto do ponto de vista do crescimento quanto da inflação.

🧯 Prova de fogo. Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed) deve começar a pôr em prática a redução de seu balanço patrimonial de US$ 8,9 trilhões. Esse é o valor que o maior banco central do mundo detém em títulos - mais do que o dobro que em 2020. Com o mercado de trabalho próximo ao pleno emprego, o Fed avalia que o estímulo deixou de ser necessário. Será uma prova importante: ao liquidar os títulos em vencimento, em lugar de rolar a dívida, o Fed enxuga a liquidez dos mercados. Isso em um ambiente de juros em alta.

🔓 De volta às ruas. O indício de que a China se reconduzirá à normalidade, depois de dois meses fechada para cumprir sua política de Covid Zero, impulsiona os mercados. Pouco a pouco, as ruas do país asiático voltam a se povoar. As duras medidas de contenção da Covid-19, com lockdowns severos, desferiram um duro golpe à segunda maior economia do mundo e afetaram todo o planeta, já que interromperam as cadeias globais de abastecimento e o comércio internacional.

🔥 Preços na Europa. Tudo indica que os preços continuam em ebulição no continente. Na Espanha, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu novamente em maio, para 8,7% frente ao ano anterior, acima dos 8,3% anotados em abril, divulgou esta manhã o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os preços dos combustíveis, alimentos e bebidas não-alcoólicas foram os principais vilões.

📈 A história não para por aí. Os preços da energia, disparados pela guerra na Ucrânia, levaram a um aumento de 31,7% dos preços das importações da Alemanha, comparativamente ao ano anterior. É o maior aumento desde setembro de 1974. Mais tarde o país divulga seu IPC.

✳️ No começo da manhã, subiam as bolsas europeias e os contratos futuros de índices nos EUA. Os demais mercados norte-americanos, NYSE, Nasdaq e os negócios com bônus, fecham hoje por feriado (Memorial Day).

Os mercados à primeira hora do diadfd

🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow Jones (+1,76%), S&P 500 (+2,47%), Nasdaq Composite (+3,33%), Stoxx 600 (+1,42%), Ibovespa (+0,05%)

Três dias seguidos de ganhos após a queda acentuada que levou o mercado para baixo por sete semanas consecutivas. Com esse intervalo de recuperação, o S&P 500 apagou as perdas de maio e registrou seu melhor ganho semanal desde novembro de 2020. A onda de compra foi apoiada pelos caçadores de pechinchas, que aproveitaram das recentes quedas para adicionar às suas carteiras ações a preços atrativos.

Saiba mais sobre o vaivém dos Mercados

No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

Feriado nos Estados Unidos (Memorial Day)

Europa: Líderes da União Europeia iniciam uma reunião especial de dois dias, em Bruxelas, para discutir guerra na Ucrânia, defesa, inflação, energia e segurança alimentar. Zona do Euro (Confiança do Consumidor e Clima de Negócios/Mai; Expectativas de Inflação ao Consumidor/Mai); Espanha (IPC); Alemanha (IPC; Preços de Bens Importados/Abr)

Ásia: Japão (Taxa de Desemprego/Abr; Produção Industrial/Abr)

América Latina: Brasil (Boletim Focus; IGP-M/Mai); México (Balanço Fiscal/Abr)

Bancos centrais: Discursos de Christopher Waller (Fed), Joachim Nagel (presidente do Bundesbank)

📌 Para a semana:

Terça-feira: PMI da China; IPC da Zona do Euro

Quarta-feira: O Fed deve começar a reduzir o seu balanço de US$ 8,9 trilhões. Também divulga o relatório “Livro Bege” sobre as condições econômicas regionais. Discursos de John Williams (Fed de NY) e James Bullard (Fed St. Louis). Reunião virtual OPEC+

Quinta-feira: Discurso de Loretta Mester (Fed de Cleveland)

Sexta-feira: Relatório de Emprego dos EUA em maio. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura libera seu índice mensal de preços de alimentos em um momento de máxima preocupação com o abastecimento global

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe