Cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

Ata da última reunião do Fomc, falas de dirigentes do Fed e agenda fraca no Brasil são os destaques da próxima semana

La Fed
Por Josue Leonel
11 de Fevereiro, 2022 | 08:32 PM

Bloomberg — Mercado vai monitorar ata do Fomc e falas de dirigentes do Fed e BCE após aumento recente das apostas em alta dos juros nos EUA pressionar os ativos de risco. Em semana de agenda fraca no Brasil, operadores seguem atentos às apostas no ritmo da Selic e ao fluxo que tem mantido o dólar em baixa e impulsionado a bolsa. Agenda corporativa destaca Eletrobras e balanços.

Ata, Bullard e Lagarde

Mercado busca mais detalhes sobre a perspectiva de aperto monetário nos EUA na ata da última reunião do Fomc, no dia 16. Presidente do Fed de Saint Louis, James Bullard, volta a falar em entrevista à CNBC no dia 14, após seus comentários vistos como hawkish gerarem volatilidade na quinta-feira. Bullard falará novamente no dia 17 e a semana ainda trará eventos com Loretta Mester, Christopher Waller e Charles Evans.

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Na Europa, juros dos títulos podem reagir à fala de Christine Lagarde, do BCE, dia 14. Dados americanos como PPI, Empire Manufacturing e vendas no varejo também podem mover ativos, assim como índices de inflação na China e PIBs da zona do euro e Japão. Chanceler alemão Olaf Scholz viaja para a Ucrânia em 14 de fevereiro e para a Rússia no dia seguinte em meio à tensão geopolítica na região.

Fluxo impulsiona ativos

Perspectiva de fluxo atraído pelos juros altos brasileiros ainda favorece o real. A entrada de investimentos estrangeiros em busca de ativos relativamente baratos no Brasil impulsiona a bolsa, que também acumula cinco semanas em alta. Os juros futuros curtos, por sua vez, seguem pressionados pela perspectiva de aperto monetário mais duro.

Veja mais: Mercados apagam ganhos com tensão geopolítica tomando forma

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Focus e IGP-10

Agenda econômica mais fraca no Brasil começa na segunda com a pesquisa Focus. Mercado poderá fazer ajustes nas projeções de IPCA e Selic após o BC nesta semana sinalizar um aperto maior do que o que consta do seu cenário básico. A semana ainda terá o IGP-10 de fevereiro e novas parciais do IPC-Fipe e IPC-S. CMN se reúne no dia 17.

Veja mais: BC alerta para riscos fiscais nos ativos e pressiona juros e dólar

PEC e Guedes

O Congresso deve continuar discutindo uma alternativa para a redução dos preços dos combustíveis. Câmara e Senado devem chegar em um ponto de convergência a respeito da PEC dos combustíveis, disse esta semana o presidente da Câmara, Arthur Lira.

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As propostas em debate no Congresso geram preocupação na equipe econômica que teme o aumento do risco fiscal. O senador Flavio Bolsonaro não garante a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, num eventual segundo mandato de seu pai, Jair Bolsonaro, em entrevista ao Globo.

Veja mais: Brasília em Off: As conversas com Lula por governabilidade

Eletrobras e balanços

O Tribunal de Contas da União pode retomar a discussão sobre a privatização da Eletrobras (ELET6) na próxima terça-feira. Segundo o jornal O Globo, o tribunal sofreu pressão do governo para antecipar o julgamento, inicialmente previsto para 16 de março. Temporada de balanços prossegue, incluindo Banco do Brasil (BBAS3), no dia 14, e Carrefour Brasil (CRFB3) no dia 15. BTG Pactual (BPAC11) apresenta dados no dia 16. Na B3, há vencimento de opções sobre Ibovespa, no dia 16, e de opções de ações no dia 18.

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