Ibovespa fecha primeiro pregão do mês acima dos 113 mil pontos

Na véspera do Copom, o dólar recuou e fechou no vermelho, com ambiente favorável ao apetite por risco aqui e no exterior

O Ibovespa fechou no maior nível desde outubro do ano passado
01 de Fevereiro, 2022 | 06:23 PM

Bloomberg Línea — O ambiente desta terça-feira (1) foi favorável ao risco e empurrou o Ibovespa (IBOV) ao maior nível desde outubro do ano passado. Com ajuda do bom humor dos mercados americanos e da alta de papéis ligados a commodities, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), o principal índice da B3 fechou o primeiro pregão de fevereiro no azul.

A safra de balanços também está no radar: a temporada brasileira dá o start nesta semana, com o Santander Brasil (SANB11) estreando na quarta (2) antes da abertura dos mercados.

Na véspera da decisão de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, o dólar recuou e fechou no vermelho, assim como os vencimentos dos juros. É a quarta queda seguida da moeda americana em relação ao real em meio a sinais de fluxo positivo para o país. A expectativa é que a autoridade monetária mantenha a promessa de uma elevação de mais 1,5% ponto percentuais na Selic, a taxa básica de juros.

Veja mais: Bolsa e real devem avançar mais com fluxo estrangeiro, diz Citi

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  • O Ibovespa fechou em alta de 0,97%, a 113.228 pontos
  • O dólar caiu 0,78%, a R$ 5,27. Os vencimentos dos juros também fecharam no vermelho. O DI para janeiro de 2023 caiu de 12,255% para 12,155%
  • Nos EUA, o Dow Jones subiu 0,78%, o S&P 500, 0,69%, e o Nasdaq, 0,75%

Contexto

As ações dos EUA registraram o melhor rali de três dias desde 2020, com investidores apostando nas empresas que se beneficiam de uma economia forte. Os mercados operam já aguardando os dados de emprego americano medidos pelo Payroll na sexta-feira (4).

Com os ganhos, o S&P 500 já ultrapassou o ponto médio do declínio de pico a vale do mês passado, indicando para alguns grafistas que uma recuperação completa pode estar em andamento.

Ondas de volatilidade varreram os mercados depois que Jerome Powell, presidente do Fed, sinalizou um aperto mais rápido da política monetária do que muitos esperavam. No entanto, os presidentes regionais do Fed, Mary Daly e Esther George, expressaram cautela sobre o aperto mais rápido do que o necessário.

(Com informações de Bloomberg News)

Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.