Gestores globais fazem maior aposta em ações dos EUA desde 2013

Ações dos mercados emergentes e dos EUA são vistas com os melhores retornos em 2022

Investidores agora têm uma visão mais construtiva em relação à expansão econômica global
Por Ksenia Galouchko
16 de Novembro, 2021 | 02:15 PM

Bloomberg — Gestores de fundos globais estão perto de encerrar o ano com a maior exposição a ações dos Estados Unidos desde agosto de 2013, já que o apetite por risco supera a preocupação com a inflação e redução do estímulo monetário.

Segundo pesquisa do Bank of America realizada de 5 a 11 de novembro, investidores agora têm uma visão mais construtiva em relação à expansão econômica global e aos lucros, e 51% esperam inflação mais baixa. Gestores aumentaram a alocação em ações dos EUA em 13 pontos percentuais na comparação com o mês anterior, para uma posição “overweight”, recomendação acima da média, de 29%, mostrou a pesquisa.

Os clientes estão “convencidos” de que a inflação é transitória e esperam que o Federal Reserve se mantenha “bem atrás da curva”, escreveram estrategistas do BofA liderados por Michael Hartnett em nota na terça-feira.

Ações dos mercados emergentes e dos EUA são vistas com os melhores retornos em 2022, enquanto a maioria dos investidores espera que o bitcoin permaneça na faixa de US$ 50.000 a US$ 75.000 nos próximos 12 meses, de acordo com o BofA. O maior token digital atualmente é negociado pouco acima de US$ 60.000.

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Ações de países emergentes e o S&P 500 podem ter os melhores retornos de 2022dfd

Os índices acionários globais se recuperam desde o início de outubro, sendo negociados perto de máximas em meio à forte temporada de balanços e perspectivas positivas para o setor corporativo, o que aumenta o otimismo de que as empresas podem superar os custos crescentes e restrições de oferta.

Gestores de ativos reduziram as posições em dinheiro de 4,7% em outubro para 4,4% com a maior demanda de investidores por ações que ficaram baratas, segundo a pesquisa.

O BofA entrevistou 345 participantes com US$ 1,1 trilhão sob gestão.

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