O que derrubou a ação da Magalu para cotação mínima de 12 meses?

Relatório sobre vendas do e-commerce em agosto leva analistas a ver tendência de desaceleração da varejista, segundo uma fonte do setor

Após registrar aumento expressivo das vendas no primeiro ano da pandemia, impulsionado principalmente pelo e-commerce, Magalu pode ter desacelerado o ritmo de crescimento no terceiro trimestre
10 de Setembro, 2021 | 04:36 PM

São Paulo — A ação da varejista Magazine Luiza cravou uma nova cotação mínima de 12 meses nesta sexta-feira (10). O papel chegou a tocar os R$ 17,46 na mínima do dia, uma queda de 7,37%. Por volta das 16h, MGLU3 recuava 6,31%, a R$ 17,65.

Um relatório da consultoria americana YipitData sobre vendas de e-commerce em agosto é apontado por uma fonte do setor, que preferiu não ser identificada, como o principal motivo para a forte desvalorização.

Veja mais: Com ação na cotação mínima de 12 meses, abaixo de R$ 19, Magalu anuncia novo programa de recompra

No Brasil, essa consultoria, sediada em Nova York, capta dados da operação online de duas varejistas, Magalu e Mercado Livre. O acesso a seus relatórios é restrito a clientes, como bancos, corretoras e assets estrangeiras.

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Conforme a fonte, houve um crescimento mais lento das vendas da Magalu em agosto na comparação com julho, e o mercado está tomando isso como uma tendência para o resultado do terceiro trimestre, que sai só em outubro, uma interpretação dos dados do relatório de que a Magalu discorda.

Procurada, a companhia não quis comentar o assunto publicamente.

Nas mesas de operações, JP Morgan, BGC Liquidez, Bradesco BBI e Itaú BBA são os principais vendedores dos papéis nesta sexta-feira, segundo uma fonte do mercado.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.