Suzano reajusta preço do papel para exportação; ação sobe e crava máxima de 30 dias

Aumento entra em vigor no próximo mês nos mercados da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia

Suzano registrou aumento da receita com vendas de papel no segundo trimestre, após reajuste
08 de Setembro, 2021 | 03:27 PM

São Paulo — A produtora de papel e celulose Suzano informou a seus clientes um reajuste no preço de seus papéis revestidos, não revestidos e papelão, a partir do mês que vem. O aumento é válido para pedidos dos mercados da América Latina, África, Oriente Médio e Ásia. Na B3, em dia de fortes baixas, a ação da Suzano vai na contramação e sobe até 2,47%, cravando uma nova cotação máxima em 30 dias (R$ 63).

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Para o analista do Bradesco BBI, Thiago Lofiego, a notícia do aumento de US$ 50/tonelada é positiva para a Suzano, uma vez que deve ajudar a sustentar os resultados do negócio de papel, contribuindo para compensar os maiores custos logísticos da companhia. O reajuste atinge os preços de exportação de papel offset, papel sem madeira (wood-free paper) e papelão.

No segundo trimestre deste ano, a Suzano vendeu 296 mil toneladas de papel, 26% acima do volume de igual período do ano passado (235 mil toneladas). Desse total, 88 mil toneladas se destinam ao mercado externo.

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O preço médio líquido de papel (R$ 4.731/ton) subiu 9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2020. “Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, tivemo sum aumento de 6%, em decorrência do aumento de preços no mercado doméstico em todas as linhas de produtos, principalmente como resultado do aquecimento do mercado de papel cartão e recuperação de preços nos mercdos internacionais em todas as regiões de atuação”, informou a Suzano ao divulgar seu resultado.

Já a receita líquida de papel foi de R$ 1,399 bilhão entre abril e junho, um aumento de 8% em relação ao primeiro trimestre em decorrência do aumento de preços. Só as exportações do produto responderam por R$ 407 milhões desse total. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o aumento foi devido à normalização de volumes de vendas para patamares pré-pandemia e aumento de 9% dos preços.

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Sérgio Ripardo

Jornalista brasileiro com mais de 25 anos de experiência, com passagem por sites de alcance nacional como Folha e R7, cobrindo indicadores econômicos, mercado financeiro e companhias abertas.