X, antigo Twitter, vai tentar acordos em processos após demissões em massa

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Bloomberg — A X, de Elon Musk, concordou em tentar resolver as reivindicações de milhares de ex-funcionários do Twitter que dizem ter sido enganados em relação ao pagamento de indenizações, de acordo com um memorando de um advogado dos trabalhadores visto pela Bloomberg News.

“Depois de 10 meses pressionando-os em todas as direções, conseguimos trazer o Twitter”, escreveu a advogada Shannon Liss-Riordan no memorando para seus clientes, que foi obtido de um ex-funcionário que se recusou a ser identificado por divulgar informações confidenciais. “O Twitter quer mediar conosco em uma tentativa global de resolver todas as reivindicações que apresentamos”.

A empresa anteriormente conhecida como Twitter foi acusada em vários processos de inúmeras violações trabalhistas e no local de trabalho, incluindo a falta de pagamento de indenização a milhares de trabalhadores demitidos no final do ano passado após a aquisição da plataforma de mídia social por Musk por US$ 44 bilhões. Quase 2.000 ex-funcionários do Twitter recorreram à arbitragem para contestar suas reivindicações, conforme exigido pela empresa, mas Liss-Riordan reclamou em processos judiciais que o Twitter não se manifestou.

A X está cumprindo uma ordem judicial de mediação, disse uma pessoa familiarizada com o assunto, pedindo para não ser identificada ao discutir informações privadas.

As negociações privadas com um mediador estão marcadas para 1º e 2 de dezembro, de acordo com o memorando de Liss-Riordan.

“Estamos muito orgulhosos de representar quase 2.000 ex-funcionários do Twitter em arbitragens individuais, bem como em mais de uma dúzia de ações coletivas no tribunal”, disse Liss-Riordan em um comunicado na noite desta quarta-feira (13). “Estamos trabalhando duro para recuperar o que lhes é devido”.

Ela não quis entrar em detalhes ou comentar especificamente sobre a mediação agendada.

Os porta-vozes da X não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Um juiz federal de São Francisco determinou em janeiro que os trabalhadores que apresentaram uma das primeiras contestações ao Twitter em relação à indenização por demissão eram obrigados, de acordo com seus contratos, a passar por uma arbitragem, na qual juízes privados resolvem disputas em audiências a portas fechadas.

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