Banco Central Europeu mantém taxa de juros estável e sinaliza cortes em junho

Em meio ao enfraquecimento da inflação nos 20 países da zona do euro, BCE pode fazer primeiro corte de juros desde 2019 em junho

Sede do BCE em Frankfurt
Por Alexander Weber - Jana Randow - Mark Schroers
11 de Abril, 2024 | 10:17 AM

Bloomberg — O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juros inalteradas pela quinta vez consecutiva nesta quinta-feira (11), e enviou seu sinal mais claro até agora de que a desaceleração da inflação em breve poderá permitir o início dos cortes.

A taxa foi mantida em 4%, um recorde histórico, conforme previsto por uma pesquisa da Bloomberg, na qual apenas um dos 62 economistas previa uma redução.

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Os membros do Conselho, contudo, acrescentaram trechos ao comunicado que acompanha a decisão sinalizando uma redução à frente, caso as previsões econômicas atualizadas em junho indiquem espaço suficiente para tal.

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“Se a avaliação atualizada do Conselho de Governadores sobre a perspectiva de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária aumentarem ainda mais a confiança de que a inflação está convergindo para a meta de forma sustentada, será apropriado reduzir o nível atual de restrição da política monetária”, disse o BCE nesta quinta.

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A autoridade monetária disse que continuará dependendo de dados e não está “comprometida com um determinado caminho para as taxas”.

Os mercados mantiveram as apostas de alívio monetário em 2024 praticamente estáveis, com três cortes de taxa de 0,25 ponto percentual precificados. O euro caiu para o seu nível mais baixo desde fevereiro, recuando 0,3% para US$ 1,0715.

Encorajado pelo enfraquecimento da inflação nos 20 países da zona do euro, o BCE está se concentrando em um primeiro corte de juros desde 2019 em sua próxima reunião em junho.

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Outros bancos centrais estão menos certos, com outro aumento nos preços ao consumidor nos Estados Unidos em março alimentando apostas de que o Federal Reserve terá que esperar mais tempo para começar a flexibilizar a política monetária.

Há poucas preocupações desse tipo para o BCE, que viu a inflação ficar um pouco abaixo das estimativas no mês passado, em 2,4%.

Embora as pressões subjacentes permaneçam elevadas e os custos de serviços ainda estejam aumentando em 4%, os números que serão divulgados nas próximas semanas podem confirmar uma moderação nos ganhos salariais que estão impulsionando essa rigidez.

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