Madero volta a mirar IPO

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Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!

Depois de cumprir os compromissos com bancos credores em 2023 para a reestruturação de uma dívida bruta de R$ 1 bilhão, o Grupo Madero, rede de restaurantes das marcas Madero e Jeronimo, considera a possibilidade de antecipar o plano de expansão de 2025 para 2024 caso a companhia seja bem-sucedida em abrir o capital em um eventual IPO (oferta pública de ações).

Em entrevista à Bloomberg Línea, o CEO do Madero, o chef Junior Durski, disse entender que, em um eventual IPO, a empresa tem condições de buscar um valuation acima de R$ 3,5 bilhões, o que representaria um múltiplo aproximado de 7x o Ebitda projetado. Isso colocaria a rede acima de outras empresas do setor, como Arcos Dorados (na NYSE) e Zamp (na B3), que opera o Burger King e o Popeyes no país.

“Estamos aumentando a geração de caixa a cada trimestre. Cumprimos todos os covenants [limites de alavancagem] no ano passado. O fluxo de clientes nos restaurantes está próximo de voltar ao período pré-pandemia. Não tem motivo para o Madero valer menos do que R$ 3,5 bilhões. Valemos, na verdade, mais do que isso”, afirmou o CEO.

Eventual IPO pode antecipar abertura de unidades (Foto: Guilherme Pupo/Divulgação)dfd — Junior Durski, CEO e fundador da rede de restaurantes MaderoEventual IPO pode antecipar abertura de unidades (Foto: Guilherme Pupo/Divulgação)(Guilherme Pupo/Divulgação/Madero/Guilherme Pupo)

No radar dos mercados

Depois de um início de semana com queda, os principais índices de ações dos Estados Unidos abriram com ganhos (veja no quadro abaixo) em seus contratos futuros na manhã desta terça-feira (26). Na Europa, por outro lado, o Stoxx 600 tinha quedas pela manhã.

Investidores aguardam a divulgação de novos dados da economia americana para definir os seus passos. Hoje saem os pedidos de bens duráveis de fevereiro (9h30 de Brasília) e a confiança do consumidor em março (11h) pela Universidade de Michigan.

- Intervenção no câmbio. O ministro de Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse nesta terça que o governo vai tomar medidas necessárias para evitar movimentos considerados excessivos no câmbio, como uma valorização acentuada no momento em que o país abandonou taxas de juros negativas.

- Avisos hawkish do Fed. Investidores também pesam novas declarações de autoridades do Fed no começo da semana. Ontem (25), a diretora Lisa Cook defendeu cautela no processo de corte das taxas. E Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, disse que o Fed pode se dar ao luxo de ser paciente.

- Espanha avança na Telefónica. O governo espanhol começou a concretizar o seu plano de montar uma posição de acionista relevante de 10% no grupo de telecom para se opor ao avanço da Arábia Saudita na companhia. Gastou 698 milhões de euros para comprar 3%, segundo revelado nesta terça.