De Wall Street para o Golfo

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Tempo de leitura: 3 minutos

Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia!

Em um discreto escritório no segundo andar, no coração do agitado centro financeiro de Dubai, os banqueiros que trabalham para a Moelis & Co. estão mais ocupados do que nunca, tanto que a empresa teve que derrubar paredes para adicionar mesas para sua expansão.

No local de trabalho, por um lado austero, prateleiras estão cobertas com placas de acrílico de negociações que apresentam ofertas de ações e negócios de empresas do Oriente Médio, desde a gigante petrolífera Saudi Aramco, da Arábia Saudita, até a Abu Dhabi National Oil Co. Tudo isso reflete a febre de negociações que tomou conta do Oriente Médio, enquanto banqueiros em outros mercados sofrem com a falta de negócios.

As ofertas públicas iniciais (IPOs) do Golfo levantaram mais de US$ 30 bilhões nos últimos dois anos, e a Moelis - uma empresa pequena pelos padrões de Wall Street - trabalhou em mais da metade daquelas que contrataram assessores financeiros independentes. Isso, dizem os banqueiros, é a recompensa por anos de construção de relacionamento pelo seu fundador, Ken Moelis. Mas também envolveu grandes compromissos e riscos.

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Leia mais: Este banqueiro apostou no Oriente Médio há muitos anos. Agora colhe os frutos

Vista aérea de Dubai, um dos principais mercados do Oriente Médio para os bancos de investimento globais (Foto: Christopher Pike/Bloomberg)dfd

No radar dos mercados

Os mercados globais voltam do feriado nos Estados Unidos com um tom de cautela, apesar das recentes ações da China para fortalecer seu combalido setor imobiliário. No cenário macroeconômico, se destacam o índice de indicadores antecedentes e a atividade não-manufatureira dos EUA, além de dados sobre a construção e o registro de veículos na Europa, que darão uma dimensão do efeito das altas taxas de juros sobre a economia real.

✂️ Corte de juros. Os bancos chineses reduziram a principal taxa de referência para hipotecas em 25 pontos-base, para 3,95%. A redução da taxa básica de juros para empréstimos de cinco anos é a maior já registrada. O corte dos juros é visto como um bom gesto dos bancos comerciais. Mas o problema imobiliário não está somente relacionado à taxa de hipoteca.

⬇️ Novo tombo. O minério de ferro despencou para o valor mais baixo em três meses, com os futuros recuando mais de 5% em Singapura, mesmo a ajuda ao setor imobiliário chinês. Em 2024, o minério de ferro figura entre as commodities de pior desempenho, impactado pela crise imobiliária. Em resposta, mineradoras como Anglo American e Rio Tinto estão hoje entre as maiores baixas no setor.

💪 Músculos contra os gigantes. A Capital One Financial acordou em adquirir a Discover Financial Services por US$ 35 bilhões em ações, visando formar a maior empresa de cartões de crédito dos EUA por volume de empréstimos e fortalecer sua posição contra os gigantes de Wall Street. A empresa norte-americana espera concluir a transação entre o final de 2024 e início de 2025, sujeito às aprovações de reguladores e acionistas.

Leia a matéria completa sobre o que está guiando os mercados hoje

Os mercados esta manhãdfd
🔘 As bolsas na sexta (16/02): Dow Jones Industrials (-0,37%), S&P 500 (-0,48%), Nasdaq Composite (-0,82%), Stoxx 600 (+0,62%), Ibovespa (+0,72%)

LEIA + Siga a trilha dos mercados para conhecer as variáveis que orientaram os investidores →

🗓️ Agenda: Os eventos e indicadores em destaque hoje e na semana →

Destaques da Bloomberg Línea:

Como a consolidação da indústria de xisto entrou no alvo de Wall Street

Empresas mantêm o tom de cautela apesar do nível recorde do S&P 500

Na batalha do delivery de supermercado, iFood muda plano e faz parceria com Daki

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