:quality(75)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/bloomberglinea/5TN5OS64GBE33AZBKLI4ITJHS4.jpg "Com o início da pandemia da covid-19 em 2020, quando a aviação comercial parou, o Grupo Latam iniciou processo de recuperação judicial (Capítulo 11) nos EUA")
São Paulo — O Grupo Latam anunciou a saída do processo de recuperação judicial, confirmando previsão feita no mês passado. Em comunicado na noite desta quinta-feira (3), o principal grupo de companhias aéreas da América Latina informou ter concluído hoje seu processo de reorganização nos Estados Unidos, iniciado de forma voluntária em maio de 2020 para reduzir a sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e transformar o seu negócio em resposta à pandemia de covid-19.
O grupo chileno comunicou ainda que, em outubro, alcançou uma malha aérea de 144 destinos em 22 países e prevê recuperar mais de 85% da sua capacidade global até o fim de 2022 na comparação com 2019.
Segundo o comunicado, a Latam emerge da crise financeira com mais de US$ 2,2 bilhões de liquidez e com dívida aproximadamente US$ 3,6 bilhões menor do que antes de entrar no processo.
“Hoje é um marco importante para a Latam. Estamos satisfeitos por concluir uma transformação significativa e sair do nosso processo de reorganização com uma posição financeira fortalecida e um compromisso renovado com a excelência operacional”, afirmou Roberto Alvo, CEO do Latam Airlines Group, no comunicado.
Após apresentar um plano de negócios aos credores, o grupo chileno conseguiu concluir a sua reorganização com o apoio de novos acionistas, incluindo Sixth Street, Strategic Value Partners e Sculptor Capital Management, e dos acionistas estratégicos atuais (Delta, Qatar e a família Cueto).
No próximo dia 15 de novembro, será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária para renovar o conselho de administração do Latam Airlines Group S.A.
Em teleconferência com jornalistas, o CEO da Latam projetou que o grupo deve alcançar 100% de sua capacidade em meados de 2023. “É difícil prever 2023. Há incertezas com a economia mundial, com os EUA, com a guerra entre Rússia e Ucrânia”, reconheceu o executivo.
(Atualiza às 20h com informações da conversa do CEO com jornalistas)
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