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Blue chips abrem temporada de dividendos

Também no Breakfast: Mercados se atêm às boas notícias e preparam um novo salto; Coca-Cola afirma ter o manual para driblar inflação na AL e A nova aposta de R$ 40 mi da Anitta: perfume íntimo sem gênero

29 de Julho, 2022 | 06:09 AM
Tempo de leitura: 4 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

“Dividendos” foi a palavra de ordem entre os principais balanços de blue chips brasileiras de quinta-feira (28). Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3) anunciaram pagamentos aos acionistas, além de lucros robustos no segundo trimestres.

A petroleira anunciou a distribuição recorde de R$ 87,8 bilhões em dividendos para seus acionistas, no dia em que reportou um lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre. O conselho de administração aprovou o pagamento de distribuição de dividendos no valor de R$ 6,732003 por ação PN e ON em circulação.

No fim do dia, a estatal de capital misto divulgou um lucro líquido de R$ 54,3 bilhões entre abril e junho, acima dos R$ 44,6 bilhões contabilizados no primeiro trimestre.

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A Vale anunciou a distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio aos acionistas no valor total bruto de R$ 16,24 bilhões. O pagamento será feito no dia 1º de setembro de 2022.

A mineradora também divulgou seu resultado trimestral nesta quinta. A mineradora reportou lucro líquido de US$ 6,2 bilhões no segundo trimestre, acima dos US$ 4,18 bilhões esperados pelo consenso de analistas ouvidos pela Bloomberg News. O número, contudo, representa uma queda de 18% na comparação com o mesmo período de 2021.

Leia também: Petrobras vs. Vale: qual o maior risco (ou oportunidade) para a carteira?

Mineradora divulgou balanço do segundo trimestre com lucro líquido de US$ 6,2 bilhões, acima do esperado em consenso da Bloomberg

Na trilha dos Mercados

Em questão de dias, o mercado levantou duas novas hipóteses para a economia norte-americana. A primeira, que uma desaceleração econômica dispensaria o Federal Reserve (Fed) de subir as taxas de juros com mais afinco. A segunda é a dúvida se os Estados Unidos estariam realmente entrando em recessão - seu Produto Interno Bruto (PIB) se contraiu pela segunda vez consecutiva.

💃🏻 Animação. Embora a incerteza siga pairando no ar, há uma evidente melhora no pano de fundo do mercado. A perspectiva de um aperto monetário menos intenso é uma delas. E demonstração de força das empresas nesta temporada de balanços - com resultados e guidances melhores que o esperado em boa parte dos casos - termina de animar os investidores.

📊 Agenda macro cheia. Os olhos estarão dirigidos, além dos balanços, aos dados macroeconômicos, com destaque para o deflator do Consumo Privado (PCE) dos EUA, indicador de inflação que orienta o Fed. Na Europa, o foco está no PIB e na inflação ao consumidor.

🇪🇺 Surpresa! Enquanto isso, na manhã europeia, o crescimento do PIB da França (+0,5%) e da Espanha (+1,1%) superou as expectativas, colocando os países em uma base mais firme em um ambiente de inflação em alta e risco de interrupção de energia por parte da Rússia.

👻 Assombra-preços. A má notícia para o país ibérico foi que sua inflação disparou para 10,8%, segundo dados preliminares divulgados hoje. Se o indicador fechado se mantiver assim, superará a marca de junho (10,2%) e representará o nível mais alto desde setembro de 1984.

Mais detalhes no Radar dos Mercados

Um panorama do começo da manhã
🟢 As bolsas ontem: Dow Jones Industrials (+1,03%), S&P 500 (+1,21%), Nasdaq Composite (+1,08%), Stoxx 600 (+1,09%), Ibovespa (+1,14%)

As bolsas norte-americanas reagiram em alta após o resultado trimestral do Produto Interno Bruto (PIB) marcar o que é conhecido como uma recessão técnica, embora analistas e políticos tenham ficado presos em uma discussão sobre se a economia de fato abrandou até esse ponto. Embora os dados tenham sido uma surpresa para Wall Street, com os economistas pesquisados pela Bloomberg esperando um ligeiro aumento de 0,4%, os investidores estão abraçando a ideia de que o Fed terá que ser menos agressivo em sua tentativa de controlar a inflação.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: Indicador de Preços PCE/Jun, Renda do Consumidor, Indicador de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan, Índice do Custo do Emprego/2T22, PMI de Chicago/Jul

Europa: Zona do Euro (IPC/Jul, PIB/2T22); Alemanha (PIB/2T22, Preços de Bens Importados/Jun, Taxa de Desemprego/Jun); França (PIB/2T22; IPC); Reino Unido (Crédito ao Consumidor BoE/Jun, Aprovações de Hipotecas/Jun); Espanha (PIB/2T22; IPC); Itália (PIB/2T22, IPP/Jun)

Ásia: Japão (Índice da Confiança Entre as Famílias/Jul, Encomendas de Construção/Jun))

América Latina: Brasil (Balanço Orçamentário/Mai, Taxa de Desemprego); México (PIB/2T22); Chile (Vendas no Varejo/Jun; Produção Industrial/Jun); Colômbia (Decisão de Política Monetária)

Balanços do dia: Sony, Exxon Mobil, Procter&Gamble, Chevron, AbbVie, AstraZeneca, Colgate-Palmolive, BNP Paribas, Eni, Intesa Sanpaolo, LyondellBasell, Engie, BBVA, NatWest, Citrix. Nutresa, Santander Chile, Itaú CorpoBanca

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe