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BofA abraça o carbono zero no Brasil

Também no Breakfast: Mercados cautelosos em semana com dados macroeconômicos cruciais; Desistência de Musk deixa Twitter sob perspectivas desfavoráveis e Cruzeiro de volta ao mundo custa até R$ 1,3 milhão. Vale a pena?

11 de Julho, 2022 | 06:26 AM
Tempo de leitura: 5 minutos

Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.

O CEO do Bank of America no Brasil, Eduardo Alcalay, afirma que o banco trabalha para eliminar empresas poluidoras de sua carteira até 2050. Não se trata, segundo ele, de bater com a porta na cara dos clientes abruptamente, mas incentivar as empresas com as quais o banco tem negócios a aderir a compromissos de redução de emissões.

“Se falharmos, o nosso negócio vai diminuir”, justicando que, se não houver uma ação agora, o mundo será mais pobre, com mais gastos para remediar catástrofes. “E os governos irão à falência porque crises vão acabar com a capacidade produtiva de seus países”, disse Alcalay em entrevista à Bloomberg Línea, na sede do banco no Brasil, na avenida Faria Lima, em São Paulo.

Segundo o executivo de um dos grandes bancos de Wall Street, uma grande parte do S&P 500, o mais relevante índice de ações no mundo, está aderindo aos compromissos para eliminar a pegada de carbono.

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A adesão de grandes corporações do Ocidente ao compromisso de redução drástica de emissões líquidas de gases de efeito estufa até chegar ao chamado carbono zero em 2050 é uma das principais tendências globais do mundo dos negócios. São promessas alinhadas às assumidas por governos de todo o mundo no Acordo de Paris (2015) para limitar o aquecimento global.

➡ Leia a matéria completa: Se não abraçarmos o carbono zero, vamos perder negócios, diz CEO do BofA no país

Eduardo Alcalay, CEO do Bank of America no Brasil

Na trilha dos Mercados

A cautela guiará os negócios desta semana. Datos cruciais, como a inflação nos Estados Unidos, indicarão o rumo para a política monetária da maior economia do mundo. E a temporada de balanços, que ganha tração, mostrará como a turbulência nos mercados e a escalada dos preços têm afetado o mundo empresarial.

😶‍🌫️ Sob pressão. A inflação não deve dar trégua. A expectativa corrente é de que os preços ao consumidor nos EUA subam quase 9% em junho, em termos anuais, renovando o recorde de quatro décadas. Outros países também mostrarão ao longo da semana a evolução de seus preços: espera-se que a inflação na Alemanha, na França e na Espanha se mantenha em níveis recordes ou perto disso. Outro dado chamará atenção: as vendas no varejo dos EUA (sexta-feira). As cifras darão pistas de como os consumidores estão respondendo aos ventos cruzados na economia.

🏁 Os balanços na largada. O contexto de mercado em baixa, que enxugou US$ 18 trilhões em ações globais na primeira metade do ano, leva os operadores a especularem sobre menores margens para as empresas no segundo trimestre. A tensão em torno da saúde financeira das companhias é grande, pois dará uma dimensão de como a combinação de altas taxas de juros, inflação em disparada e mercado financeiro convulso tem sacudido a economia real.

🏦 Ainda tem chão, mas... Faltam algumas semanas para as reuniões sobre taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE, marcada para o dia 21) e Federal Reserve (Fed, no 27 de julho). Mas é impossível o mercado não trazer estes eventos para o presente. Os dados macroeconômicos desta semana serão vitais e o mercado quer saber se darão mais argumentos ao BCE a subir a taxa mais do que o 0,25 ponto percentual sinalizado pela autoridade monetária. No caso do Fed, a maioria dos analistas aguarda um novo aumento de 0,75 ponto.

Um panorama neste início de semana
🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow Jones Industrials (-0,15%), S&P 500 (-0,08%), Nasdaq Composite (+0,12%), Stoxx 600 (+0,51%), Ibovespa (-0,44%)

As bolsas lutaram para encontrar direção após a divulgação da folha de pagamento não agrícola, que mostrou um mercado de trabalho ainda resistente. Isso poderia abrir mais espaço para que o Fed aperte sua política monetária. A economia norte-americana adicionou 372.000 empregos em junho, acima das expectativas do mercado, e a taxa de desemprego se manteve estável em 3,6%. Durante a semana, o S&P 500 subiu 1,9%, enquanto o Dow Jones Industrials ganhou 0,7%. O Nasdaq Composite avançou 4,5% na semana.

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No radar

Esta é a agenda prevista para hoje:

EUA: não há eventos relevantes previstos

Europa: Zona do Euro (Encontro do Eurogrupo ); Reino Unido (Vendas no Varejo do BRC/Jun); Itália (Vendas no Varejo/Mai)

Ásia: Japão (Encomendas de Ferramenta Mecânica); China (Crescimento dos Empréstimos)

América Latina: Brasil (Boletim Focus, Fluxo Cambial Estrangeiro)

Bancos centrais: Pronunciamentos de Joachim Nagel (presidente do Bundesbank), Andrew Bailey (presidente do BoE) e de John Willian (Fed de NY/FOMC)

📌 Para a semana:

Balanços: JPMorgan, Morgan Stanley, Citigroup, Wells Fargo, PepsiCo, Delta Airlines, TSMC, BlackRock

Terça-feira: Pesquisa sobre confiança das pequenas empresas dos EUA, Índice de Preços ao Produtor (PPI) do Japão em junho, Pesquisa ZEW de expectativas empresariais para a Alemanha e a Zona do Euro

Quarta-feira: Livro Bege do Fed, IPC dos EUA em junho. Decisão sobre taxas de juros da Coreia do Sul e Nova Zelândia. Balança Comercial da China

Quinta-feira: EUA: PPI, Pedidos de Seguro-Desemprego

Sexta-feira: PIB da China. Ministros das Finanças do G-20 e banqueiros centrais se reúnem em Bali, a partir de sexta-feira. Pronunciamento de Raphael Bostic (Fed de Atlanta)

Destaques da Bloomberg Línea

Bilionária Lily Safra morre aos 87 anos na Suíça

Biden pode desonerar produtos chineses ‘em breve’, diz secretária de Comércio

Musk evita responder sobre desistência da compra do Twitter em evento

Morte de Abe: assassinato no Japão é realidade no Brasil, dizem especialistas

Cruzeiro de volta ao mundo em 150 dias custa até R$ 1,3 milhão. Vale a pena?

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• Opinião Bloomberg: Bilionários estão cada vez mais apaixonados por private equity

• Pra não ficar de fora: Setor de turismo ensaia retomada nas férias de julho com preços nas alturas

⇒ Essa foi uma amostra do Breakfast, que na versão completa inclui muitas outras notícias de destaque do Brasil e do mundo.

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Edição: Michelly Teixeira | News Editor, Europe