Bloomberg Línea — Bom dia! Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
O CEO do Bank of America no Brasil, Eduardo Alcalay, afirma que o banco trabalha para eliminar empresas poluidoras de sua carteira até 2050. Não se trata, segundo ele, de bater com a porta na cara dos clientes abruptamente, mas incentivar as empresas com as quais o banco tem negócios a aderir a compromissos de redução de emissões.
“Se falharmos, o nosso negócio vai diminuir”, justicando que, se não houver uma ação agora, o mundo será mais pobre, com mais gastos para remediar catástrofes. “E os governos irão à falência porque crises vão acabar com a capacidade produtiva de seus países”, disse Alcalay em entrevista à Bloomberg Línea, na sede do banco no Brasil, na avenida Faria Lima, em São Paulo.
Segundo o executivo de um dos grandes bancos de Wall Street, uma grande parte do S&P 500, o mais relevante índice de ações no mundo, está aderindo aos compromissos para eliminar a pegada de carbono.
A adesão de grandes corporações do Ocidente ao compromisso de redução drástica de emissões líquidas de gases de efeito estufa até chegar ao chamado carbono zero em 2050 é uma das principais tendências globais do mundo dos negócios. São promessas alinhadas às assumidas por governos de todo o mundo no Acordo de Paris (2015) para limitar o aquecimento global.
➡ Leia a matéria completa: Se não abraçarmos o carbono zero, vamos perder negócios, diz CEO do BofA no país

Na trilha dos Mercados
A cautela guiará os negócios desta semana. Datos cruciais, como a inflação nos Estados Unidos, indicarão o rumo para a política monetária da maior economia do mundo. E a temporada de balanços, que ganha tração, mostrará como a turbulência nos mercados e a escalada dos preços têm afetado o mundo empresarial.
😶🌫️ Sob pressão. A inflação não deve dar trégua. A expectativa corrente é de que os preços ao consumidor nos EUA subam quase 9% em junho, em termos anuais, renovando o recorde de quatro décadas. Outros países também mostrarão ao longo da semana a evolução de seus preços: espera-se que a inflação na Alemanha, na França e na Espanha se mantenha em níveis recordes ou perto disso. Outro dado chamará atenção: as vendas no varejo dos EUA (sexta-feira). As cifras darão pistas de como os consumidores estão respondendo aos ventos cruzados na economia.
🏁 Os balanços na largada. O contexto de mercado em baixa, que enxugou US$ 18 trilhões em ações globais na primeira metade do ano, leva os operadores a especularem sobre menores margens para as empresas no segundo trimestre. A tensão em torno da saúde financeira das companhias é grande, pois dará uma dimensão de como a combinação de altas taxas de juros, inflação em disparada e mercado financeiro convulso tem sacudido a economia real.
🏦 Ainda tem chão, mas... Faltam algumas semanas para as reuniões sobre taxas de juros do Banco Central Europeu (BCE, marcada para o dia 21) e Federal Reserve (Fed, no 27 de julho). Mas é impossível o mercado não trazer estes eventos para o presente. Os dados macroeconômicos desta semana serão vitais e o mercado quer saber se darão mais argumentos ao BCE a subir a taxa mais do que o 0,25 ponto percentual sinalizado pela autoridade monetária. No caso do Fed, a maioria dos analistas aguarda um novo aumento de 0,75 ponto.

🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow Jones Industrials (-0,15%), S&P 500 (-0,08%), Nasdaq Composite (+0,12%), Stoxx 600 (+0,51%), Ibovespa (-0,44%)
As bolsas lutaram para encontrar direção após a divulgação da folha de pagamento não agrícola, que mostrou um mercado de trabalho ainda resistente. Isso poderia abrir mais espaço para que o Fed aperte sua política monetária. A economia norte-americana adicionou 372.000 empregos em junho, acima das expectativas do mercado, e a taxa de desemprego se manteve estável em 3,6%. Durante a semana, o S&P 500 subiu 1,9%, enquanto o Dow Jones Industrials ganhou 0,7%. O Nasdaq Composite avançou 4,5% na semana.
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No radar
Esta é a agenda prevista para hoje:
• EUA: não há eventos relevantes previstos
• Europa: Zona do Euro (Encontro do Eurogrupo ); Reino Unido (Vendas no Varejo do BRC/Jun); Itália (Vendas no Varejo/Mai)
• Ásia: Japão (Encomendas de Ferramenta Mecânica); China (Crescimento dos Empréstimos)
• América Latina: Brasil (Boletim Focus, Fluxo Cambial Estrangeiro)
• Bancos centrais: Pronunciamentos de Joachim Nagel (presidente do Bundesbank), Andrew Bailey (presidente do BoE) e de John Willian (Fed de NY/FOMC)
📌 Para a semana:
• Balanços: JPMorgan, Morgan Stanley, Citigroup, Wells Fargo, PepsiCo, Delta Airlines, TSMC, BlackRock
• Terça-feira: Pesquisa sobre confiança das pequenas empresas dos EUA, Índice de Preços ao Produtor (PPI) do Japão em junho, Pesquisa ZEW de expectativas empresariais para a Alemanha e a Zona do Euro
• Quarta-feira: Livro Bege do Fed, IPC dos EUA em junho. Decisão sobre taxas de juros da Coreia do Sul e Nova Zelândia. Balança Comercial da China
• Quinta-feira: EUA: PPI, Pedidos de Seguro-Desemprego
• Sexta-feira: PIB da China. Ministros das Finanças do G-20 e banqueiros centrais se reúnem em Bali, a partir de sexta-feira. Pronunciamento de Raphael Bostic (Fed de Atlanta)
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