Metaverso e games crescerão sob relação de simbiose, dizem analistas

Indústria de jogos caminha para aproveitar as oportunidades do ambiente virtual que movimenta bilhões

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Por Matheus Mans para Mercado Bitcoin

São Paulo - Ainda que o metaverso seja um tema relativamente novo na cabeça de muita gente, a tecnologia sob a qual ele existe é antiga nos games. ‘Second Life’ e ‘The Sims’, por exemplo, são apenas alguns jogos no metaverso nos anos 2000. Depois, a tecnologia viu sua importância crescer com jogos de grande sucesso, como ‘Minecraft’ e ‘Fortnite’. Agora, a indústria dos games enxerga no metaverso sua melhor chance de alavancar ainda mais o mercado, enquanto a tecnologia do universo digital pode ganhar importância com o mundo dos jogos.

Recentemente, a consultoria EY realizou uma pesquisa sobre o metaverso e a indústria de jogos com as 200 empresas mais importantes do setor, que atuam na América do Norte, Ásia e Europa. A maioria (97%) acredita que a indústria de jogos é o centro do metaverso. “Como pioneiras, as empresas de jogos já construíram um protótipo inicial do metaverso e sua posição como early adopters já é bem conhecida por todos os setores”, diz Tatiany Melecchi, mestre em Marketing pela Massey University, sobre games e metaverso.

Especialistas veem uma possível relação de simbiose entre a indústria de games e os novos players do metaverso. Afinal, os dois saem ganhando. De um lado, a tecnologia desse universo digital deve abrir espaço para novas possibilidades de jogos ainda mais interativos, comunicativos e que, em última instância, criam um ambiente favorável para que os jogadores fiquem imersos por longos períodos.

“Acredito que dispositivos imersivos, como óculos de realidade virtual, irão aumentar o tempo médio que as pessoas dedicam aos games, e isso será um fator preponderante para que essas pessoas busquem maneiras de monetizar esse tempo investido”, diz Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa de TI. “Dessa forma será cada vez maior o número de pessoas que buscarão trabalho no metaverso em games que gerem esse tipo de receita”.

Novidades na indústria

Nesse cenário, especialistas afirmam que empresas dos dois lados da moeda não podem ficar paradas esperando a inovação chegar. Segundo Tatiany, à medida que o metaverso se expandir, as companhias de jogos tradicionais deverão articular uma visão abrangente do metaverso e também construir estratégias em torno dessa visão. “Determinar o objetivo da empresa no metaverso, seja aumentando os fluxos de receita existentes, criando novos ou construindo a marca, é essencial. Quem são os clientes e o que farão no metaverso?”, diz Tatiany.

Além disso, há uma competição interessante surgindo no horizonte. Há as empresas de games, detentoras de grandes formatos e franquias de jogos. Do outro, companhias dominantes no mercado de tecnologia social que começam a entrar firme dentro do metaverso, caso da Meta. Nessa briga, como ficam aquelas como Microsoft e Sony, que transitam entre universos, contra marcas como Meta, Google e Apple?

“Cada vez mais a empresa proprietária da plataforma se torna um grande player na criação de jogos, como já aconteceu com Microsoft e Nintendo no passado. Dessa forma, acredito que as empresas de games precisarão cada vez mais se adaptar às regras das detentoras das plataformas”, diz Franco, da Alphacode, sobre a competição de mercado. “Pode ocorrer um movimento de consolidação, onde companhias como a Apple passem a adquirir aquelas que mais fizerem sucesso em sua plataforma, buscando cada vez mais jogos exclusivos”.

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