Mercado Bitcoin corta 8% do quadro e diz que vai focar negócios de ‘alto impacto’

Maior exchange de criptoativos do país demitiu 45 pessoas, mas disse que segue contratando para os times de desenvolvimento e produtos

Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, durante o Web Summit Rio 2023 (Foto: Eóin Noonan/Web Summit Rio via Sportsfile)
18 de Agosto, 2023 | 06:39 PM

Bloomberg Línea — O Mercado Bitcoin, corretora de criptomoedas da holding brasileira 2TM financiada pelo SoftBank, demitiu 45 pessoas nesta semana. A empresa definiu a decisão como uma “consolidação da operação” após ter recebido licenças e ajustado o time para “focar” no crescimento do negócio.

Atualmente, o Mercado Bitcoin tem mais de 300 pessoas pelo mundo, o que significa que o corte foi equivalente a cerca de 15% do quadro. Mas a empresa disse que a redução efetiva será menor.

Questionado pela Bloomberg Línea, o Mercado Bitcoin disse que o corte será equivalente a 8% de seus postos de trabalho, pois o time de desenvolvimento e produtos segue contratando ao mesmo tempo em que a empresa está “rebalanceando prioridades e algumas competências”.

No ano passado, a empresa havia cortado 190 funcionários.

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Em junho, a empresa recebeu autorização do Banco Central para se tornar uma Instituição de Pagamentos e lançou o banco digital MB Pay. Em Portugal, a empresa recebeu a autorização para transacionar e custodiar criptoativos.

“Esses avanços ocorreram em pleno ciclo de inverno cripto, o que mostra a robustez das operações do Mercado Bitcoin e que credenciam o ecossistema a liderar o desenvolvimento da economia tokenizada no país”, disse a empresa em nota enviada à Bloomberg Línea.

“Desta forma, o Mercado Bitcoin está reorganizando suas operações para fazer frente a esses desafios e focar iniciativas de alto impacto para os negócios.” Esse ajuste resultou no desligamento de 45 funcionários e na priorização das avenidas de crescimento dos negócios, segundo a empresa.

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Em entrevista à Bloomberg Línea em maio, o CEO do Mercado Bitcoin, Reinaldo Rabelo, disse que, “com a crise econômica no mercado de inovação e de venture capital, fizemos ajustes na nossa estrutura e podemos suportar até três anos de mercado menos aquecido”, o que significava que a empresa conseguiria esperar até três anos sem nova captação de recursos.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups