Europa busca alternativa para gás com temor de conflito na Ucrânia

Bloomberg — A gigante norueguesa de gás natural Equinor afirmou que está bombeando a todo vapor, o que significa que não há margem para aumentar as remessas para a Europa no caso de uma interrupção no abastecimento da Rússia.

A maior empresa de energia da Noruega, que responde por mais de 20% do gás entregue à Europa, aumentou a produção dos enormes campos do Mar do Norte à medida que a escassez de oferta da região elevou os preços do combustível a níveis recordes.

“Não podemos fazer muito mais”, disse o CEO Anders Opedal em entrevista à Bloomberg Television na quarta-feira (9). “A Noruega já está produzindo a todo vapor”.

Os países europeus entraram em contato com exportadores de gás como o Azerbaijão e o Catar para avaliar o potencial de mais suprimentos caso o conflito da Ucrânia escale e reduza os fluxos russos. Moscou negou repetidamente que planeja invadir o país vizinho.

Um dos pares europeus da Equinor, a Shell (SHEL), disse na semana passada que estava pronta para fornecer gás extra caso as remessas fossem interrompidas.

O gás russo representa mais de um terço da demanda europeia, e o país frequentemente enfatiza que é um fornecedor confiável. As entregas continuaram mesmo durante a Guerra Fria e após a anexação da Crimeia. Mas a Europa não quer arriscar.

--Com a colaboração de Dani Burger e Manus Cranny.

--Esta notícia foi traduzida por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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