Barcelona, Espanha — Se a semana passada foi tumultuada, prepare-se para novas emoções. Além de uma bateria de indicadores macroeconômicos e balanços de pesos-pesados, esta semana o Federal Reserve (Fed) arbitra sobre o rumo de sua política monetária.
Ainda que os investidores aproveitem algum momento do dia para comprar, já que a forte queda dos índices acionários na semana passada criou oportunidades a baixo preço, a cautela deverá predominar.
No início do dia, os futuros de índices nos Estados Unidos subiram, movimento que se desfez e deu lugar a uma queda. Na Europa, a desvalorização nas bolsas é pronunciada. Os títulos do Tesouro norte-americana recuam, direção que também é seguida no mercado de petróleo. O ouro, no entanto, sobe. E o bitcoin tem forte recuo.
📈 O sinal é de alta dos juros – o Fed começa amanhã sua reunião e na quarta-feira deverá sinalizar uma elevação nas taxas a partir de março. Também deve confirmar a redução de seu balanço patrimonial ainda este ano. O fim da era de apoio monetário, criado para revigorar a economia durante a pandemia, leva os investidores a repensar sobre as perspectivas econômicas e de mercado.
• Porém, a história indica que 2022 provavelmente terminará com um pé melhor do que começou. As ações dos EUA historicamente tiveram um bom desempenho durante os períodos em que o Fed elevou as taxas, já que uma economia em crescimento tende a apoiar o aumento dos lucros corporativos e o mercado de ações.
🪖 Invasão iminente? – A escalada nas tensões geopolíticas acende um sinal de alerta. Os Estados Unidos deram ordem aos familiares do corpo diplomático na Ucrânia de abandonar o país, deixando antever uma iminente invasão das tropas russas. O Departamento de Estado também recomendou que os cidadãos norte-americanos deixem o país, afirmando que as condições de segurança na região são imprevisíveis e que podem se deteriorar a qualquer momento.
📌 Balanços de titãs – Os resultados financeiros corporativos serão um componente vital para os mercados nesta semana. Saem os números de gigantes como Apple, Microsoft e Tesla, para citar alguns exemplos. Aproximadamente 100 companhias do S&P 500 publicarão seus balanços esta semana.
De resto, uma série de dados macroeconômicos de grande relevância também influenciará as decisões de compra e venda nos mercados.
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🟢 As bolsas na sexta-feira: Dow (-1,30%), S&P 500 (-1,89%), Nasdaq (-2,72%), Stoxx 600 (-1,84%), Ibovespa (-0,15%)
O movimento de queda se ampliou à medida que se reforçam a expectativa de aperto monetário pelo Fed. As apostas convergem para ao menos menos três aumentos de taxas este ano.
Na agenda
- PMIs para a EUA, Zona do Euro, França, Alemanha, Reino Unido, Japão e Austrália
- Balanço: IBM
Terça-feira, 25
- Índice Ifo de Clima de Negócios - Alemanha (jan)
- CPI da Austrália - Brasil: Confiança do Consumidor FGV (jan)
- EUA: Índice de Preços de Imóveis (nov)
- Balanços: Microsoft, General Electric, Moderna, Texas Instruments, Johnson & Johnson, American Express
Quarta-feira, 26
- Decisão de juros do Federal Reserve e entrevista coletiva do presidente Jerome Powell
- Decisão da taxa de juros do Banco do Canadá
- Relatório de estoque de petróleo bruto da EIA
- Balanços: Tesla, Abbott Laboratories, Intel, AT&T, Boeing
- Brasil: IPCA-15
Quinta-feira, 27
- EUA: Dados de crescimento do PIB no quarto trimestre, além de pedidos iniciais de seguro-desemprego e bens duráveis
- Balanços: Apple, Visa, Mastercard, Comcast, McDonald’s, SAP, Samsung Electronics
Sexta-feira, 28
- EUA: Renda do consumidor, sentimento do consumidor da Universidade de Michigan
- Balanços: Chevron, Caterpillar
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-- Com informações de Bloomberg News