Petrobras afunda e puxa Ibovespa para baixo em dia de CPI nos EUA; dólar sobe

Investidores repercutem nesta quarta-feira (15) a demissão do presidente da petroleira Jean Paul Prates, bem como dados de inflação nos EUA

Ações da Petrobras e da Vale
15 de Maio, 2024 | 10:38 AM

Bloomberg Línea — As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) pressionam para baixo o Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (15), após a companhia anunciar a saída do CEO Jean Paul Prates na noite anterior.

Em comunicado enviado ao mercado, a petroleira disse que Prates deve renunciar oficialmente em uma próxima reunião do conselho de administração. O executivo foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após uma disputa sobre o pagamento de dividendos.

A estatal confirmou que o Ministério de Minas e Energia propôs o nome de Magda Chambriard, ex-chefe da ANP, a agência reguladora de petróleo e gás do Brasil, para substituir Prates como CEO, uma indicação do presidente Lula.

Leia mais: O que a nomeação do governo para o comando da Petrobras indica para a estatal

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Os papéis preferenciais da companhia afundavam 7,4% por volta das 10h30 (horário de Brasília), enquanto os ordinários cediam 8,8%. O Ibovespa caía 0,97% no mesmo horário, negociado aos 127.264 pontos, enquanto o dólar subia 0,31%, a R$ 5,15.

Na agenda do dia, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve queda de 0,34% em março na comparação mensal, abaixo do esperado, após ter registrado expansão de 0,40% em fevereiro. A projeção de economistas era de contração de 0,25%.

Nos Estados Unidos, o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que desconsidera preços de itens mais voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% em abril na comparação mensal, de acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Departamento do Trabalho americano.

Já o índice principal também teve alta de 0,3% no mês, após variação de 0,4% em março. Nos 12 meses encerrados em abril, o núcleo subiu 3,6%, enquanto o indicador cheio avançou 3,4%. Até março, a alta em um ano era de 3,8% e de 3,5%, respectivamente. Até março, a alta em um ano era de 3,8% e de 3,5%, respectivamente.

Estimativa de economistas consultados pela Bloomberg era de alta de 0,3% na base mensal para o núcleo e de 0,4% para o índice geral, em parte devido a preços mais altos de combustíveis.

A temporada de balanços do primeiro trimestre segue no radar. Ontem, a Nu Holdings, controladora do Nubank, reportou receita recorde de US$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que reconheceu que seu crescimento está acompanhado de uma taxa de inadimplência mais alta.

O lucro líquido somou US$ 378,8 milhões, ante estimativa média de US$ 357,3 milhões em uma pesquisa da Bloomberg com analistas.

-- Com informações da Bloomberg News

Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.