Oaktree, de Howard Marks, vende fatia restante à Brookfield por US$ 3 bilhões

Acordo avalia a gestora do investidor veterano em cerca de US$ 11,5 bilhões; movimento amplia o braço de crédito da Brookfield

Howard Marks
Por Dinesh Nair - Charlie Wells
13 de Outubro, 2025 | 05:04 PM

Bloomberg — A Brookfield vai adquirir a participação remanescente da Oaktree Capital Management, gestora especializada em dívidas problemáticas, ampliando o peso de seu braço de crédito, que se tornou um dos principais motores de crescimento da empresa nos últimos anos.

A Brookfield Asset Management, com sede em Nova York, e sua controladora, Brookfield Corp., comprarão a fatia de 26% da Oaktree que ainda não possuem por cerca de US$ 3 bilhões, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (13), confirmando uma reportagem anterior da Bloomberg News.

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A transação avalia a Oaktree em aproximadamente US$ 11,5 bilhões. Desde que a Brookfield comprou uma participação na gestora há seis anos, os ativos sob gestão da Oaktree aumentaram 75%.

Como parte do acordo original, os cofundadores Howard Marks e Bruce Karsh, além de alguns executivos e funcionários, mantiveram parte de suas ações na empresa.

“Com este alinhamento mais próximo, a Oaktree continuará sendo peça central da estratégia de crédito da Brookfield, e enxergamos oportunidades significativas para expandir a franquia e ampliar o que podemos oferecer juntos aos nossos clientes”, afirmou Marks no comunicado.

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O movimento é o exemplo mais recente da tendência de grandes gestoras de fortificarem suas operações em ativos alternativos.

No ano passado, a BlackRock adquiriu a Global Infrastructure Partners (GIPO), de Adebayo Ogunlesi, por cerca de US$ 12,5 bilhões, e depois anunciou a compra da HPS Investment Partners por aproximadamente US$ 12 bilhões — duas das maiores aquisições já feitas no setor de gestão de ativos alternativos.

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Tradicionalmente focada em imóveis e infraestrutura, a Brookfield reforçou sua área de crédito por meio da parceria com a Oaktree. A Brookfield Asset Management vai aportar cerca de US$ 1,6 bilhão do valor da nova aquisição, enquanto o restante será financiado pela Brookfield Corp., refletindo a participação proporcional de cada uma na empresa.

“Dar este próximo passo nos permitirá ampliar nossa atuação em crédito, fortalecer a colaboração entre as áreas de negócios e aumentar nossa capacidade de continuar gerando valor de longo prazo para os investidores”, afirmou Bruce Flatt, CEO da Brookfield, no comunicado.

O closing do negócio está previsto para o início do próximo ano e deve contribuir para o lucro.

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Marks continuará no conselho da Brookfield Corp., enquanto Karsh passará a integrar o conselho da divisão de gestão de ativos.

Pelo acordo, os copresidentes da Oaktree, Robert O’Leary e Armen Panossian, assumirão também como copresidentes da área de crédito da Brookfield.

Com a operação, os Estados Unidos se consolidarão como o maior mercado da Brookfield Asset Management, com mais de US$ 550 bilhões em ativos e serviços. Após a conclusão, o país responderá por mais de 50% dos funcionários e cerca da metade da receita da companhia.

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