Bloomberg Línea — A Polícia Federal prendeu nesta manhã de sexta-feira (13) o político e ex-ministro Gilson Machado, que atuou em cargos de liderança no governo de Jair Bolsonaro.
O político, filiado ao PL (Partido Liberal), o mesmo de Bolsonaro, atuou como ministro do Turismo entre dezembro de 2020 e março de 2022. Anteriormente, comandou a Embratur, empresa de promoção do Brasil como destino turístico.
Segundo informações da Polícia Federal, Machado tentou obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, uma das principais testemunhas da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe por parte de integrantes-chave do governo passado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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A busca pelo passaporte, que se deu no Consulado de Portugal no Recife, onde mora, permitiria a Mauro Cid a saída do país, sem que tivesse que depor na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado.
Essa alegada busca de obtenção do passaporte para uma hipotética fuga do Brasil foi entendida como uma tentativa de obstrução de Justiça, o que justificaria o pedido de prisão preventiva por parte da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Segundo o jornal O Globo, Gilson Machado negou as acusações e disse que a procura do consulado se deu relacionada ao passaporte do seu pai; o seu advogado também negou a hipótese de pedido de documento para Mauro Cid.
Machado, produtor rural e veterinário, havia sido anteriormente indicado como uma das 14 testemunhas de sua defesa, dos quais seis acabaram dispensados, junto com Paulo Guedes, ex-ministro da Economia.
Ele se candidatou a prefeito de Recife em 2024, mas não foi eleito.
Machado se notabilizou também por tocar sanfona em lives que o ex-presidente Bolsonaro promoveu durante a pandemia de covid.
-- Com informações da Agência Brasil.
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