A resiliência do mercado de luxo

Também no Breakfast: O mercado de capitais no Brasil na visão do BofA; A ofensiva da família Moreira Salles sobre a Alpargatas e O histórico da La Liga espanhola em (não) combater o racismo

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Bloomberg Línea — Este é o Breakfast - o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças. Bom dia e ótima leitura!

O mercado de carros de luxo passa longe de qualquer aperto econômico no Brasil e no mundo. Enquanto houve leve queda das vendas gerais no mercado doméstico no ano passado, as montadoras que oferecem modelos premium seguem com vendas em alta e aumento do preço médio.

Em 2023, os valores dos dez carros mais caros do país se aproximam de R$ 2 milhões cada um e a tendência é de aumento para o ano.

No primeiro trimestre deste ano, os emplacamentos de carros importados praticamente quase para 7.625 unidades na comparação anual, segundo dados da Abeifa. São modelos de grandes marcas que não são produzidos no país, dos britânicos da Jaguar Land Rover aos alemães da Porsche.

O modelo mais importado no período foi o XC60 da Volvo, cujo preço de tabela está em R$ 400 mil na versão básica. O quinto modelo mais vendido fabricado em outro país foi o Porsche Macan, a partir de R$ 475 mil.

Também houve crescimento na comercialização de modelos de luxo fabricados no país. Segundo a consultoria global JATO Dynamics, os preços dos carros das marcas premium subiram quase 100% em quatro anos, para R$ 510 mil.

Leia mais: Como o mercado de carros de luxo descolou da economia no Brasil

No Radar

As negociações em torno do teto da dívida dos Estados Unidos voltam a ser o tema estrela no mercado financeiro. Ontem, tanto o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, quando o mandatário do país, Joe Biden, classificaram de “produtiva” a conversa que tiveram na Casa Branca. Contudo, apesar da aura de otimismo, eles ainda não chegaram a um acordo para evitar um calote da dívida pública.

⏱️ Tic-tac. O relógio anda e o traders ficam em alerta. A Secretária do Tesouro, Janet Yellen, alertou que é “muito provável” que seu departamento fique sem dinheiro no início de junho e que um default pode ocorrer já no dia 1º. “É muito provável que o Tesouro não consiga mais cumprir todas as obrigações do governo se o Congresso não tomar medidas para aumentar ou suspender o limite do endividamento”, disse. Para evitar tal situação, qualquer acordo teria que ser aprovado pelo Congresso antes disso.

🎢 Prêmio de risco. Depois de mais uma rodada de negociações sem acordo, os investidores estão exigindo um prêmio mais alto para carregar a dívida dos EUA com maior risco de inadimplência. O rendimento dos títulos do Tesouro de quatro semanas saltou 7 pontos-base nesta terça-feira, elevando seu aumento desde o início de maio para mais de 60 pontos-base. O prêmio para os títulos de dois anos subiu 4 pontos base, enquanto o rendimento de 10 anos ficou estável.

💸 Sem bônus por seguro. A aquisição do Credit Suisse Group AG pelo UBS Group, mediada pelo governo suíço, não constitui um evento de falência no qual um pagamento de seguro poderia ser acionado, segundo deliberação do Comitê de Determinações de Derivativos de Crédito. Ao não ocorrer um episódio de quebra, caem por terra os esforços de investidores para acionar o seguro de crédito vinculado ao banco suíço. Investidores, entre eles fundos de hedge, vinham examinando exaustivamente a documentação dos contratos em busca de fundamentos para um possível pagamento.

Leia a nota completa na seção de Mercados

🟢 As bolsas ontem (22/05): Dow Jones Industrials (-0,42%), S&P 500 (+0,02%), Nasdaq Composite (+0,50%), Stoxx 600 (+0,01%), Ibovespa (-0,48%)

Nos EUA, investidores voltaram a esperar com otimismo um acordo sobre o teto da dívida, que evitaria um default da maior economia do mundo. Já o Ibovespa foi puxado para baixo pelas blue chips Vale e Petrobras, ainda preservando o patamar dos 110 mil pontos.

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Agenda

Esta é a agenda prevista para hoje:

Indicadores PMIs: EUA, Zona do Euro, Reino Unido, Alemanha, França

EUA: Licenças de Construção, Índice Redbook, Vendas de Casas Novas/Abr, Massa Monetária/Abr, Estoques de Petróleo Bruto, Índice de Manufatura e de Serviços Fed-Richmond/Mai)

Europa: Zona do Euro (Transações Correntes/Mar); Reino Unido (Dívida Líquida do Setor Público/Abr)

Ásia: Japão (IPC)

América Latina: Argentina (Atividade Econômica/Mar)

Bancos centrais: Discursos de Jonathan Haskel-BoE, Joachim Nagel-Bundesbank, Huw Pill-BoE

Balanços: Lowe’s, Palo Alto Networks, Intuit, Agilent Technologies

🗓️ Os eventos de destaque na semana →

Destaques da Bloomberg Línea:

Bank of America espera recuperação dos negócios no Brasil após recuo de 60%

Moedas de emergentes podem cair 10% com impasse de dívida dos EUA, diz UBS

De frota elétrica a vendas à Argentina: como o setor de caminhões planeja crescer

E mais na versão e-mail do Breakfast:

• Também é importante: Moreira Salles fazem oferta para ampliar fatia na Alpargatas, após ação cair 85% | Argentina: nova nota de 2 mil pesos entra em circulação com valor de US$ 4 | Fundadora de startup acusada de enganar o JPMorgan é indiciada em NY

• Opinião Bloomberg: Como cidades médias podem se beneficiar da busca por qualidade de vida

• Para não ficar de fora: Caso Vini Jr: La Liga e futebol espanhol falham em coibir o racismo nos jogos

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